"Passo na rua Júlio Dinis [na zona da Galiza, perto da rotunda da Boavista e do polo universitário do Campo Alegre] todos os dias e a cidade não pode continuar a viver daquela maneira [com o congestionamento automóvel]. Neste momento, sabemos quando saímos, mas não quando chegamos. Com esta expansão do metro, e em breve, em 2022, teremos o problema resolvido", observou Rui Moreira, na cerimónia de apresentação da expansão do Metro do Porto.
De acordo com o autarca, "depois, com certeza o metro vai continuar a crescer", porque "todos sabemos a linha de Metro que gostaríamos de ter, mas para já vamos ter esta".
Na cerimónia de apresentação das linhas, o ministro do Ambiente disse que a linha Rosa "será o início de uma [ligação] mais completa" na cidade, que passará pelas zonas da Constituição, Combatentes ou Asprela e Campo Alegre.
O primeiro-ministro, por seu turno, anunciou um "investimento superior a 800 milhões de euros" para desenvolver "a rede de transportes" da Área Metropolitana do Porto (AMP), sendo 600 milhões para nova expansão do metro e 200 para "redes de metrobus".
Quanto à Linha Rosa, Moreira afirmou saber "que há quem pense que podia ter sido mais ou diferente" mas "resolve vários problemas" da cidade.
"Resolve o problema do tramo central, que estava próximo do esgotamento. Resolve o problema de excesso de trânsito numa zona absolutamente crucial da cidade: basta pensar no investimento praticamente concluído no Pavilhão Rosa Mota e no Centro Materno-Infantil. Mesmo não chegando onde queremos, a estação da Galiza vai ficar a dez minutos a pé de um dos principais polos universitários [o do Campo Alegre]", explicou.
Referindo-se a uma rua próxima daquela zona da Galiza, a Júlio Dinis, que faz a ligação à rotunda da Boavista e a saídas para a Via de Cintura Interna ou ponte da Arrábida, o autarca frisou que "a cidade não pode continuar a viver daquela maneira", numa alusão ao congestionamento de trânsito automóvel.
Moreira notou que "a situação que as metrópoles vivem não é a mais sustentável".
"Não podemos continuar a depender do transporte individual", frisou.
Para o presidente da Câmara do Porto, "o metro é a solução mais simples" para substituir os automóveis.
"É tempo de deitar mãos à obra e garantir que cidades são mais confortáveis, mais amigas, interessantes e acessíveis, também do ponto de vista do que pesa na nossa bolsa", disse.
Segundo foi anunciado em janeiro de 2018, a linha Rosa fará a ligação São Bento, Cordoaria/Hospital de Santo António, Galiza/Centro Materno-Infantil e Casa da Música/Rotunda da Boavista, no Porto, ao longo de 2,5 quilómetros e quatro estações subterrâneas, após 24 meses de obra.
Naquela data, a Metro do Porto assinou o contrato para a elaboração das quatro estações subterrâneas da Linha Rosa.
O documento foi assinado pelo arquiteto Eduardo Souto Moura, que terá de desenhar três das estações (rotunda [Boavista], praça da Galiza e Carregal/Hospital de Santo António), ao passo que o arquiteto Siza Vieira terá a cargo a estação da Praça da Liberdade.