Marta Temido adiantou esta quinta-feira que o Governo já está a estudar a hipótese de os médicos que ficarem em exclusivo no Serviço Nacional de Saúde (SNS) poderem ganhar mais.
A ministra lembrou que esta não é uma ideia nova e que, aliás, a dedicação plena já constava do programa deste Governo “como caminho progressivo para o SNS”.
“Estamos a acabar uma discussão sobre uma nova Lei de Bases da Saúde, estamos a estudar de que forma é que uma eventual opção pela dedicação plena se poderia materializar, em termos de impactos financeiros, de quem abranger, em que tempos poder apresentar”, referiu, considerando ser um tema “seguramente para um novo fôlego”.
Questionada pelos jornalistas, a responsável pela pasta da Saúde disse que “há trabalho desenvolvido” que começou agora e que deverá ser concluído na próxima legislatura.
Se será Marta Temido a tutelar, novamente, o Ministério da Saúde, a ministra não se ‘descoseu’, limitando-se a dizer que “os servidores do Estado não têm desejos”, “têm que ter disponibilidade para trabalhar”. Mas e quanto a disponibilidade, Marta Temido tem? “Estou disponível para continuar trabalhar até ao fim desta legislatura. Aquilo que vem depois está nas mãos portugueses, não me pertence a mim”, respondeu.
Estas declarações aos jornalistas foram proferidas pela ministra à margem da apresentação do Relatório da Primavera 2019, do Observatório dos Sistemas de Saúde, na Fundação Calouste Gulbenkian.
