O ministro da Administração Interna afirmou esta quinta-feira que a época de incêndios “está a correr bem”, ressalvando, no entanto, que “ainda é muito cedo para balanços”.
“Até ontem [quarta-feira], tivemos 6.500 incêndios, 36% a menos que a média dos últimos 10 anos”, disse Eduardo Cabrita.
Desses 6.500 incêndios, salientou o governante, “6.200 tiveram menos de 10 hectares de área ardida”. “Isto é, foram resolvidos só pelos bombeiros da terra, o corpo de bombeiros mais próximos, sem necessidade de intervenção de mais ninguém”.
Nos primeiros sete meses do ano, recorde-se, arderam mais de 23 mil hectares, de acordo com os dados revelados esta quinta-feira pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
De acordo com o ICNF, cerca de metade dos incêndios florestais que deflagraram até 15 de julho e que foram investigados teve origem em queimadas e queimas.
Este ano, até 15 de julho, foram investigados 70% do número total de incêndios, responsáveis por 89% da área total ardida.
O mesmo documento realça que as causas mais frequentes são as queimadas de sobrantes florestais ou agrícolas (25%) e o incendiarismo - imputáveis (19%).