Hospital de Faro abre inquérito à transferência de grávida para Lisboa
O bebé morreu assim que nasceu, depois de a mãe ter sido submetida a uma cesariana. Hospital de Faro vai abrir inquérito ao caso, dá conta a TVI 24.
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País Hospital de Faro
Uma grávida, com 32 semanas de gestação, foi transferida do Hospital de Faro para o Amadora-Sintra, onde foi submetida a uma cesariana. O bebé morreu logo após o nascimento e, de acordo com a TVI 24, o Hospital de Faro vai abrir um inquérito ao caso.
A mulher de 23 anos tinha indicação para realização de um parto prematuro. Fontes ligadas ao caso confirmaram à agência Lusa que a grávida apresentava um quadro de pré-eclâmpsia, que se traduz em hipertensão na gravidez e de descolamento da placenta - que podem significar risco de vida para a mãe e para o bebé.
A grávida terá sido transferida por insuficiência de meios no Hospital de Faro, no caso a falta de incubadora - imperiosa para a sobrevivência de um bebé prematuro.
Em declarações à agência Lusa, o bastonário Miguel Guimarães disse desconhecer em pormenor o caso da grávida transferida, mas lembra que a transferência constante de grávidas entre instituições pode "comportar risco".
O bastonário entende que, caso a transferência da grávida se tenha ficado a dever a falta de meios no Algarve para fazer o parto, "o Ministério da Saúde terá uma responsabilidade sobre isso". O bastonário sublinha que a insuficiência de meios humanos nas maternidades do sul do país, incluindo a região de Lisboa, foi "várias vezes denunciada" pela Ordem e entende que a constante "circulação de grávidas por falta de condições adequadas" dos serviços pode trazer riscos e ter "consequências indesejadas".
Já o hospital Amadora-Sintra refere que a grávida que foi transferida do Algarve e cujo bebé acabou por morrer foi "prontamente assistida" e teve "todos os cuidados de saúde considerados necessários". A administração do Hospital Fernando Fonseca (Amadora-Sintra) indica que a "transferência entre hospitais do SNS de utentes grávidas é uma situação que ocorre sempre que clinicamente necessário e seguindo as normas de garantia da segurança das utentes".
"A utente foi informada da complexidade da situação clínica pelos profissionais de saúde e envolvida nas decisões tomadas. Apesar de todos os esforços, a gravidade da situação clínica determinou o falecimento do recém-nascido, facto que lamentamos profundamente", refere a resposta do Amadora-Sintra enviada à Lusa.
Por sua vez, o Ministério da Saúde considera que "foram seguidos todos os procedimentos de cuidados de saúde adequados" no caso do bebé que morreu no Amadora-Sintra depois de a mãe ter sido transferida de Faro.
"O Ministério da Saúde tem estado a acompanhar a situação e teve conhecimento, junto dos hospitais, de que foram seguidos todos os procedimentos de cuidados de saúde adequados. O Ministério da Saúde lamenta profundamente o falecimento do bebé", indicou o Ministério numa resposta à Lusa.
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