O ministro falava hoje à margem de um evento em Lisboa, onde foi questionado sobre a decisão de eliminação da oferta da carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra, que já foi contestada pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) e outras fileiras pelo impacto nas atividades económicas do país.
"Parece-me relevante que uma universidade, neste caso a de Coimbra, tudo faça com o objetivo de ser neutra em carbono em 2030. Esta é uma medida, obviamente outras terão que lhe seguir", disse o governante, sublinhando no entanto a autonomia das universidades sobre esta matéria.
"Nós temos que evoluir para uma sociedade que seja neutra em carbono. Temos metas ambiciosas e todos os setores têm que contribuir", disse.
Na terça-feira o reitor da Universidade de Coimbra anunciou que vai eliminar o consumo de carne de vaca nas cantinas universitárias a partir de janeiro de 2020, por razões ambientais.
Segundo o reitor da universidade, Amílcar Falcão, a eliminação do consumo de carne nas cantinas universitárias será o primeiro passo para, até 2030, Coimbra se tornar "a primeira universidade portuguesa neutra em carbono".
A carne de vaca será substituída "por outros nutrientes que irão ser estudados, mas que será também uma forma de diminuir aquela que é a fonte de maior produção de CO2 que existe ao nível da produção de carne animal".
Por ano, cerca de 20 toneladas de carne de vaca são consumidas nas 14 cantinas universitárias da Universidade de Coimbra.