Tancos: Arguidos estão a ser notificados da acusação, Azeredo incluído
Notificações deverão ficar concluídas na manhã desta quinta-feira.
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País Azeredo Lopes
Concluída a investigação do caso Tancos, seguem-se as notificações aos arguidos. Algo que, segundo a SIC Notícias, está a acontecer na manhã desta quinta-feira.
As notificações deverão ficar concluídas ainda durante a manhã e um dos notificados será Azeredo Lopes.
O ex-ministro da Defesa enfrenta acusações de abuso de poder, negação da justiça e prevaricação.
Já o chefe de gabinete do ex-ministro é uma peça central da acusação do Ministério Público (MP), uma vez que admitiu ter recebido da Polícia Judiciária Militar (PJM) um memorando sobre a recuperação das armas de Tancos.
De acordo com a RTP, neste documento não há referência a Marcelo Rebelo de Sousa, nem à polémica conversa telefónica entre o tenente-general João Cordeiro, ex-chefe da Casa Militar do Presidente da República e o ex-diretor da PJM, o coronel Luís Vieira. Apesar de, esta terça-feira, ter sido divulgado que o MP concluiu, com base em telefonemas e mensagens trocadas entre João Cordeiro e Luís Vieira, que o primeiro estava a par de todos os pormenores sobre o caso Tancos.
Recorde-se que estas não foram as únicas escutas que geraram polémica. Vasco Brazão, na altura major da PJM terá dito, durante um telefonema à irmã, que o "papagaio-mor do reino" estava a par do que tinha acontecido, algo que o MP interpretou como uma referência a Marcelo Rebelo de Sousa.
O Presidente da República reagiu a estas informações, reafirmando que nunca foi informado sobre o que estava a acontecer em Tancos. “O Presidente não é criminoso”, disse acrescentando que não vai voltar a falar sobre o caso.
Já na noite desta quarta-feira, o jornal online Observador divulgou uma alegada troca de SMS de Azeredo Lopes com o deputado socialista Tiago Barbosa Ribeiro. Mensagens estas que serão "uma das provas mais fortes" reunidas pelo MP e Polícia Judiciária contra o ex-ministro da Defesa.
"Foi bom: pela primeira vez se recuperou [sic] armamento furtado. Eu sabia, mas tive de aguentar calado a porrada que levei. Mas, como é claro, não sabia que ia ser hoje”, terá escrito o antigo governante.
O processo de recuperação do material militar, em setembro de 2017, três meses após ter sido roubado do paiol de Tancos, levou a uma investigação judicial, por suspeitas de associação criminosa, tráfico de armas e terrorismo no furto do armamento e durante a qual foram detidos Luís Vieira, Vasco Brazão e três militares da GNR, num total de oito militares.
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