"As pessoas foram desalojadas por uma questão preventiva e não porque as suas casas tivessem algum dano. Podiam ter tido se a evolução do mar fosse sempre naquele ritmo, o que, felizmente, não aconteceu. Nas próximas horas poderão regressar" a casa, referiu à agência Lusa Nélson Macedo.
O governante explicou foram retiradas provisoriamente das Lajes do Pico 93 pessoas, das quais 50 foram encaminhadas para uma escola e as restantes ficaram em casa de familiares.
O autarca, que falava à Lusa pelas 16:30, explicou que a passagem do furacão Lorenzo apenas danificou uma habitação, mas que causou estragos em infraestruturas municipais, e em instalações balneares e de lazer.
O vice-presidente acrescentou que a tempestade originou algumas quebras de energia, entretanto normalizadas, mas que não afetou o abastecimento de água.
"Agora há uma acalmia do mar, que esteve muito intenso durante a manhã e não há praticamente vento", contou.
O furacão Lorenzo passou esta madrugada, entre as 04:00 e as 04:30, a cerca de 70 quilómetros a oeste das Flores ainda com categoria 2 na escala de Saffir-Simpson, mas no limite inferior, segundo uma nota enviada esta manhã pelo IPMA.
As rajadas máximas registadas pelo IPMA ocorreram às 08:25 locais no Corvo (aeroporto), com 163 km/h, às 05:00 nas Flores (aeroporto), com 142 km/hora, e às 04:00 no Faial (Horta), com 145 km/h.
O furacão Lorenzo perdeu, entretanto, força e está a deslocar-se rumo à Irlanda.