Na decorrência de uma megaoperação realizada pela Polícia Judiciária (PJ), em articulação com Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais e do Grupo de Intervenção e Segurança Prisional (GISP), foram detidas, ao todo, nove pessoas - cinco guardas prisionais, dois dos quais desempenhavam funções de chefias, um ex-recluso, e três cidadãos, designadamente familiares envolvidos no esquema que tinham na sua possa armas brancas, informou no início da tarde desta terça-feira, Norberto Martins, diretor da PJ do Norte.
Os detidos são suspeitos de "crimes de trafico de estupefacientes, de corrupção ativa e passiva e de recebimento indevido de vantagens", acrescentou o responsável.
O director divulgou também que a operação "ocorreu sobretudo na zona norte do país, envolveu 160 operacionais da PJ e cerca de 50 operacionais do GISP, tendo decorrido de vários inquéritos que desde 2017 estão a ser investigadas pela directoria do Norte da PJ e que visam a investigação do trafico de estupefacientes no Estabelecimento Prisional de Paços de de Ferreira.
Foram levadas a cabo 54 buscas - 20 destas em celas dos estabelecimentos prisionais de Paços de Ferreira, Porto, Santa Cruz do Bispo, Guimarães, Monsanto e Vale dos Judeus. Foram ainda realizadas 31 buscas em residências e três em centros comerciais.
O esquema consistia na introdução de drogas no estabelecimento prisional, maioritariamente haxixe e cocaína, tendo sido apreendidos também "vários telemóveis" e 20 mil euros em dinheiro.
Além dos detidos, que serão presentes quarta-feira a primeiro interrogatório no Tribunal Criminal de Marco de Canavezes, "o processo tem mais de 30 arguidos".