Ana Maximiano perdeu a guarda das três filhas, com idades entre os dois e os cinco anos, em dezembro de 2015. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Cascais que teve por base uma avaliação realizada por duas técnicas da Segurança Social. As três crianças foram entregues ao pai, que tinha sido condenado por violência doméstica.
Passados quatro anos, por ordem do do tribunal da Relação, as duas técnicas da Segurança Social vão ser julgadas por falsidade de depoimento ou testemunho e denegação de justiça ou prevaricação.
Na altura, as funcionárias entregaram no tribunal um ofício que dava conta de que Ana Maximiano tinha abandonado uma das filhas e que pretendia fugir com as outras duas. A mãe sempre rejeitou estas acusações.
"As arguidas (...) sabendo que os factos invocados eram falsos, visaram fazer crer ao tribunal que as crianças corriam perigo sério e obter essa retirada por mecanismos legais que sabiam desajustados", pode ler-se no auto do tribunal da Relação a que RTP teve acesso.