Num comunicado enviado às redações, o partido manifesta "satisfação pela libertação" de Lula da Silva, "injustamente preso desde abril de 2018".
Para o PCP, o líder histórico do Partido dos Trabalhadores (PT) foi alvo de "um processo eminentemente político, parte integrante do golpe de Estado institucional que conduziu à destituição da legítima presidente Dilma Rousseff e ao impedimento de Lula da Silva de concorrer às eleições presidenciais".
"O PCP saúda Lula da Silva e todas as forças democráticas brasileiras que, tendo alcançado agora uma importante vitória, prosseguem a luta pela reposição da justiça e em defesa da liberdade e da democracia, com a exigência do fim da perseguição política ao ex-presidente do Brasil", lê-se no texto.
O PCP afirma também que a libertação de Lula é "um sério revés na estratégia golpista e no plano antidemocrático, antissocial e antipatriótico das forças reacionárias brasileiras e do imperialismo", ao mesmo tempo que constitui "um estímulo à luta das forças progressistas, democráticas e patrióticas do Brasil".
Luiz Inácio Lula da Silva foi libertado hoje da prisão, na sequência da decisão do Supremo Tribunal Federal brasileiro (STF) de anular prisões em segunda instância, como era o caso do antigo chefe de Estado, preso desde abril de 2018 na sede da Polícia Federal de Curitiba, estado do Paraná, sul do Brasil.
O histórico líder do PT foi preso após ter sido condenado em segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4), num processo sobre a posse de um apartamento, que os procuradores alegam ter-lhe sido dado como suborno em troca de vantagens em contratos com a estatal petrolífera Petrobras pela construtora OAS.