Em nota publicada na sua página oficial na internet, a Procuradoria-Geral Distrital de Coimbra explica que o MP deduziu acusação contra o homem e imputa-lhe o crime de incêndio florestal.
"No dia 26 de julho de 2019, numa altura em que o risco de incêndio era considerado muito elevado, a fim de renovar os pastos, o arguido, munido de um isqueiro, ateou o fogo em dois locais distintos, dando origem a um incêndio que só veio a ser extinto no dia seguinte cerca das 15:20", refere a mesma nota.
Ainda segundo a fonte, "em consequência, e apesar da intervenção pronta dos bombeiros, arderam 56,20 hectares de pinheiros e carvalhos, bem como foram destruídos 200 metros de cabos [de telecomunicações] e os respetivos postes telefónicos".
A investigação foi dirigida pelo MP da Guarda, com a coadjuvação da Polícia Judiciária (PJ).
No dia 01 de agosto, a PJ anunciou a detenção de um pastor de 46 anos, suspeito de atear um fogo no concelho de Gouveia.
O Departamento de Investigação Criminal da PJ da Guarda explicava em comunicado que, em colaboração com a GNR de Gouveia, deteve "o presumível autor de um crime de incêndio florestal de significativas dimensões", ocorrido no dia 26 de julho, pelas 18:45, na localidade de Ribamondego, naquele concelho da região da Serra da Estrela.
O detido foi presente às competentes autoridades judiciárias para primeiro interrogatório e ficou sujeito à medida de coação de prisão preventiva.