Dirigentes pedem coragem ao ministro para renovar a escola pública

O presidente da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE) pediu hoje coragem ao ministro da Educação para renovar a escola pública e devolver-lhe "alguma da autonomia perdida".

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Lusa
15/11/2019 15:32 ‧ 15/11/2019 por Lusa

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Escolas

Manuel Pereira afirmou, num congresso em que estava presente o ministro Tiago Brandão Rodrigues, que se é certo que as escolas ganharam alguns despachos de autonomia em termos curriculares, também é verdade que os seus orçamentos têm vindo a diminuir, "ano após ano".

Por outro lado, frisou, é "pública e notória a escassez de recursos humanos nas escolas".

Ao intervir na sessão de encerramento do 2.º Congresso das Escolas, em Lisboa, Manuel Pereira defendeu que os assistentes operacionais desempenham um papel fundamental nas escolas, nomeadamente ao nível da segurança.

O dirigente escolar considerou também "absolutamente urgente" a renovação do corpo docente e a valorização da profissão, tornando-a mais atrativa: "Este problema terá, seguramente, implicações muito graves na educação das nossas gerações".

De acordo com o diretor escolar, há muitos milhares de professores que estão na reta final da carreira. "Vão sair do sistema, quando já não há nas universidades quem possa substituí-los", disse.

Manuel Pereira recordou que a falta de professores é já um problema sentido por muitas comunidades educativas.

"A profissão tem de ser mais apelativa e estimulante a vários níveis. É preciso confiar mais nos professores e não ter receio de lhes atribuir o crédito necessário, capaz de os fazer sentir mais respeitados", defendeu.

O docente alegou que os professores são o garante de uma sociedade mais justa, mais igual e mais democrática. "E sucessivas opções políticas parecem não querer essa garantia", criticou.

Em resposta, o ministro afirmou que em educação as mudanças são necessariamente lentas. "A estabilidade e a coerência têm de ser um fator decisivo", argumentou.

"Sabemos bem que temos um trabalho enorme para fazer", reconheceu Tiago Brandão Rodrigues, sublinhando que os recursos não são infinitos, ao contrário das necessidades.

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