"Iremos morrer de velhice e não de cancro", diz Sobrinho Simões 

A Conferência de Outono da Unicâmbio deste ano não se focou apenas em assuntos económico-financeiros, abrangendo também temas que vão ao encontro daqueles que são os grandes desafios globais do futuro próximo.

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Patrícia Martins Carvalho
15/11/2019 19:31 ‧ 15/11/2019 por Patrícia Martins Carvalho

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Unicâmbio

Pelo terceiro ano consecutivo, a Unicâmbio realizou a Conferência de Outono que reuniu diferentes personalidades para discutirem ‘Os grandes desafios mundiais’ que se aproximam. 

A iniciativa, realizada este ano pela Porto Businness School, e que decorreu esta quinta-feira no Porto, contou com um leque variado de convidados e oradores, como foi o caso de Sobrinho Simões, Silva Peneda, Paula Teles e António Tavares, entre outros.

O orador mais polémico foi o médico patologista Manuel Sobrinho Simões que garantiu que “um dos grandes problemas do futuro será: o que fazer com os corpos dos mortos e dos vivos?”. 

Isto porque, asseverou, a “ciência acabará com as doenças e, em particular, com o cancro e isso levará a que as pessoas não morreram doentes, mas muito velhinhas vítimas de demência, ataque cardíaco ou insuficiência respiratória”. 

Já António Tavares, da Santa Casa da Misericórdia do Porto, debruçou-se sobre aquilo que, garante, é o novo regime dos Estados atuais: “as democracias iliberais europeias” que, denuncia, não têm quaisquer “preocupações sociais”. 

E nesta senda, o antigo ministro do Emprego e Segurança Social, Silva Peneda, alertou para o facto de a Europa estar “à beira do precipício, dividida e sectária” e “sem pensamento geopolítico comum”. 

Nesta conferência houve ainda espaço para falar sobre os transportes públicos e as consequências que os mesmos têm na vida das comunidades com a presidente e fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade, Paula Teles, a garantir que os “transportes já não são um problema de mobilidade mas de ameaça à saúde pública" e que o facto de a oferta ser reduzida, em relação à procura, não ajuda a convencer as pessoas a deixarem de usar a viatura particular. 

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