Morreu o médico e escritor neorrealista Arquimedes da Silva Santos

O médico, pedagogo e escritor Arquimedes da Silva Santos, o último dos autores neorrealistas, morreu no domingo, aos 98 anos, estando as cerimónias fúnebres marcadas para terça e quarta-feira, em Vila Franca de Xira, foi hoje anunciado.

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Lusa
09/12/2019 14:10 ‧ 09/12/2019 por Lusa

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Óbito

 

Natural da Póvoa de Santa Iria, Arquimedes da Silva Santos foi um dos elementos que integraram o chamado grupo neorrealista de Vila Franca de Xira, dinamizado por Alves Redol e com grande influência nesta corrente literária, da qual fizeram parte ainda escritores como Soeiro Pereira Gomes, Manuel da Fonseca, Fernando Namora, Carlos de Oliveira ou Vergílio Ferreira, anunciou a autarquia local.

Formado em Medicina e especialista em Neuropsiquiatria Infantil, é autor de vasta obra literária e foi uma figura de vulto da cultura do concelho de Vila Franca de Xira, tendo sido uma das pessoas mais importantes na institucionalização definitiva do Museu do Neo-Realismo (MNR), sendo constante a sua presença e colaboração com este museu, segundo um comunicado da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira.

Arquimedes da Silva Santos foi um pioneiro na introdução do ensino artístico na educação e a sua obra literária divide-se entre a poesia e a ensaística, essencialmente no campo da Psicopedagogia e da Educação pela Arte.

Em 1998, foi agraciado pela Presidência da República com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, em 2001, com a Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, e em 2018 foi distinguido com o título de Doutor Honoris Causa, pela Universidade de Lisboa.

Para além de outras homenagens prestadas pela Câmara Municipal de Vila Franca de Xira "a este Humanista de grande dimensão", o município atribuiu-lhe em abril de 2019 a Medalha de Honra, reconhecendo também desta forma a sua intervenção em prol da Cultura, da Educação e da Arte em Portugal, destaca a autarquia.

O velório de Arquimedes da Silva Santos terá lugar na terça-feira, a partir das 18:00, na Igreja Paroquial da Póvoa de Santa Iria, e o funeral está marcado para o dia seguinte, pelas 14:30, seguindo para o Cemitério Antigo da Póvoa de Santa Iria (Bolonha).

 

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