Depressão Elsa deixa cinco rios quase a transbordar e segue para Sul

De acordo com o último balanço da Proteção Civil, depois de ter causado estragos no Norte e Centro do país, a depressão desloca-se lentamente para Sul mas sem perder intensidade. À capital, deverá chegar às 15h desta quinta-feira.

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© Reprodução/Meteo do Barroso

Melissa Lopes
19/12/2019 13:13 ‧ 19/12/2019 por Melissa Lopes

País

Elsa

O mau tempo que se fez sentir no país, devido à passagem da depressão Elsa, originou 1800 ocorrências em todo o território, sem causar feridos. A maioria das ocorrências, registadas nos distritos do Porto, Viana, Braga, Aveiro e Viseu, foram quedas de árvores e de estruturas e inundações. 

Os efeitos da intensa precipitação nos caudais dos rios é, no entanto, o que está a preocupar agora as autoridades.

"Há cinco rios que nos estão a preocupar, nomeadamente a bacia do Lima. O Lima, neste momento, está muito perto dos caudais de cheia para que possam provocar cheias quer em Ponte da Barca quer em Ponte de Lima", adiantou o comandante Pedro Nunes no balanço feito pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) às 13h. 

"Em relação ao rio Tâmega, está muito perto do caudal limite para provocar cheias em Amarante. O rio Águeda, igualmente. O caudal está pouco estabilizado e é muito provável que aconteçam à tarde ou princípio da noite inundações na zona de Águeda", acrescentou. 

O responsável admitiu  ser uma possibilidade a evacuação de as zonas ribeirinhas dado o risco de cheias. 

Em relação ao Douro, prosseguiu, este "encontra-se em monitorização com especial atenção para a zona da Régua e Foz do Douro em ambas as margens. E por fim, em relação ao Mondego, o caudal apresenta um aumento significativo e não há previsão de descida".

Há assinalar uma boa notícia: "Já não há seca hidrológica pelo menos no Cento e Norte do país, situação que comprovámos há pouco quando fizemos o nosso briefing", disse o comandante Pedro Nunes. 

Agora, a depressão Elsa desloca-se para Sul e  chegará a Lisboa, com chuva e vento, às 15h de hoje. "O padrão é o mesmo, a depressão vai deslocar-se de forma lenta [sem perder intensidade]. O que está previsto, segundo o IPMA, é que os quantitativos de precipitação possam ser menores quer no Alentejo quer no Algarve", adiantou o comandante, que reitera os conselhos à população. 

Pedro Nunes recorda que a previsão aponta pata ventos com rajadas na ordem dos 80km/h, 100km/h generalizadas em todo o país.

De acordo com o mesmo responsável, o mau tempo deve manter-se nos próximos dias. "É muito previsível que as condições meteorológicas melhorem significativamente a partir do próximo domingo", precisou. 

 

 

 

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