"Eu diria que há mais esperança agora do que houve há um, dois, três, quatro anos", começou por dizer esta tarde o Presidente da República aos jornalistas, referindo-se aos sem-abrigo, no âmbito das visitas a instituições sociais.
O chefe de Estado justificou a sua afirmação com dois motivos: "A Câmara Municipal de Lisboa, por exemplo, tem um plano próprio de 400 habitações até 2023 e, no Orçamento do Estado para o ano que vem, a verba dos sem-abrigo multiplicou-se por quinze".
"Ainda é pouco, mas passou de meio milhão de euros para 7,5 milhões de euros, o que é um salto significativo", acrescentou.
Quando questionado sobre se esta era a resposta à sua luta no âmbito dos sem-abrigo, Marcelo respondeu que se trata de "uma resposta política a um problema nacional", sublinhando a existência de "um consenso nacional".
Marcelo Rebelo de Sousa comentou, ainda, que está a acompanhar, junto da Administração Interna, a progressão do impacto do mau tempo em território nacional. O Presidente admitiu também poder visitar na próxima semana as zonas afetadas pela depressão e afirmou não ir antes porque este fim de semana tem "compromissos institucionais".
"Bem pode acontecer, se isto se prolongar", disse Marcelo, que tenha de "mudar a programação de 24 e 25, para acorrer a uma outra situação que se considere mais grave".
"Eu espero que isso não suceda, eu esperaria que não sucedesse para não ter de acorrer a essa situação e poder manter a programação que tenho para 24 e 25 que, como sabem, envolve várias instituições sociais e outros programas que todos os anos faço", declarou.