António Costa deixou esta posição numa mensagem de Natal hoje divulgada no portal e nas redes sociais do Governo, e que foi gravada na terça-feira, quando visitou na ilha grega de Samos o contingente da Polícia Marítima que ali presta serviço no âmbito de uma missão da Frontex (Agência Europeia da Guarda de Fronteiras e Costeira).
Ladeado pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e pelo comandante geral da Polícia Marítima, o vice-almirante Sousa Pereira, o primeiro-ministro destacou a importância para a segurança do país e para o prestígio internacional de Portugal resultante da participação das forças de segurança e das Forças Armadas em missões das Nações Unidas, da União Europeia, da NATO, ou na base de coligações internacionais.
"A nossa segurança é garantida por estas mulheres e por estes homens. Aproveitamos esta época natalícia para prestar a todos a nossa homenagem. Sabemos bem que estas forças destacadas estão longe das suas famílias. E se isso é sempre difícil, é mais difícil naturalmente nesta época em que as famílias portuguesas se reúnem em comunhão para celebrar o Natal", começou por referir António Costa.
O primeiro-ministro transmitiu depois "às famílias de todos os militares, de todos os elementos das forças de segurança que se encontram destacados algures em missão internacional, o profundo reconhecimento" do país pelo seu trabalho, "porque fazem também parte desta família e do esforço coletivo para assegurar não só a defesa nacional, mas também a segurança de todos".
"É para nós uma grande honra podermos prestar este serviço às Nações Unidas, à União Europeia, a todas as organizações internacionais, e em todos os locais sermos sempre reconhecidos pela excelência dos nossos militares e dos elementos das nossas forças de segurança. É isso que reforça e dá sentido também à nossa unidade nacional", acrescentou António Costa.
Na terça-feira, na ilha grega de Samos, o primeiro-ministro percorreu de barco a zona de operações da Polícia Marítima junto à costa turca no mar mediterrâneo e afirmou-se com os resultados do trabalho realizado.
No âmbito as operações da Polícia Marítima, desde 2014, já foram resgatadas 6940 pessoas em operações de salvamento. E, desde o início do ano, as forças nacionais já estiveram evolvidas no resgate de cerca de dois mil refugiados - um número superior ao registado em 2018.
No que respeita às características destas missões, cabe às forças portuguesas a vigilância na fronteira marítima e efetuar patrulhas terrestres nas áreas costeiras, apoiando Operações de Busca e Salvamento (SAR) e procedendo a controlos de fronteira. Ainda no plano operacional, as forças da Polícia Militar têm de identificar e mesmo intercetar movimentos suspeitos, prevenir e detetar a migração irregular e o crime transfronteiriço.
"Aquilo que assisti aqui em Samos excedeu em muito as minhas expectativas e estou muitíssimo orgulhoso", declarou António Costa, numa visita em que recebeu elogios do vice-primeiro-ministro grego, Panagiotis Pikrammenos, pelo trabalho desenvolvido pelos portugueses.