O autarca do Porto, Rui Moreira, apresentou, ao final da manhã desta sexta-feira, o Plano de Segurança para a Passagem de Ano na Invicta.

De acordo com o Rui Moreira, o plano será atividado já este sábado, com a realização do primeiro de quatro concertos agendados para a Avenida dos Aliados, até dia 1 de janeiro.

Além do espetáculo de amanhã, no domingo, o Porto vai receber a tradicional corrida de São Silvestre, com partida e chegada na Avenida dos Aliados. O tiro de partida, segundo explicou o autarca, está marcado para as 18h00. Uma edição que "promete ser histórica" já que juntará 17 mil participantes de 42 países.

Já na terça-feira, dia 31 de dezembro, a Avenida dos Aliados vai receber dois concertos, um antes da meia-noite e outro depois, com um espetáculo de fogo-de-artíficio marcado para as 12 badaladas. A noite segue com a atuação de djs.

Antes do programa das festas, Rui Moreira recordou que o ano passado o Porto recebeu 200 mil pessoas, numa festa "que animou o público durante mais de quatro horas em que tudo correu normalmente". Foram registadas, disse, "apenas 61 ocorrências, todas elas ligeiras", enquanto há dois anos tinham tido 74 e, em 2015, 99. 

"Isto significa que temos feito um trabalho no sentido de garantir que aquele recinto [Avenida dos Aliados] é cada vez mais seguro, que está apto para receber grandes eventos e isso faz-se porque há um conjunto de entidades que têm essa capacidade de precaver essas situações, com uma coordenação muito grande em termos de segurança e de socorro", sustentou o autarca, aproveitando para agradecer à PSP.

Rui Moreira revelou que toda a operação vai ser controlada a partir de uma sala com representantes de todas as equipas, localizada na Câmara Municipal do Porto, e garantiu que este ano houve um "reforço de casas de banho, melhores transportes, melhores som e imagem, mais informação, mais policiamento".

Uma eventual ação terrorista no centro do Porto durante a passagem de ano "não é claramente a variável que oferece maior preocupação" ao comandante da PSP, mas sim a "gestão da multidão", já que se aguardam milhares de pessoas.

Falando em conferência de imprensa, o superintendente-chefe Paulo Lucas admitiu um cenário similar ao da passagem de ano anterior, em que umas 200 mil pessoas se terão repartido pela Avenida dos Aliados e zonas envolventes.

"Significa isto grande preocupação com o controlo de multidões. A ameaça terrorista não é claramente a variável que oferece maior preocupação à polícia, é a questão da gestão da multidão. Numa praça com aquelas características, vamos ter milhares de pessoas", afirmou.

Ainda assim, os populares não serão revistados ao entrar na praça, salvo uma ou outra pessoa "com perfil de risco".

Embora os comerciantes sejam impedidos de vender bebidas em recipientes de vidro, será permitido que as pessoas levem espumante, champanhe ou similares, indicou, pedindo que as garrafas sejam depositadas em contentores especiais.

Para recolher essas garrafas, a câmara municipal mobilizou 80 funcionários, adiantou o presidente da autarquia, Rui Moreira, também presente na conferência de imprensa.

A melhor solução para chegar ao centro do Porto, aconselhou Rui Moreira, será através de transporte público, já que haverá fortes condicionamentos à circulação e ao estacionamento no centro urbano e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), o Metro, e a CP asseguram transportes reforçados e ao longo de toda a madrugada.

Também para desencorajar o uso do transporte privado para o centro da cidade, os parques de estacionamento da Casa da Música, Campo Alegre, Metro/Dragão e Campo 24 de Agosto oferecem lugares com tarifários especiais.

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