Casal de médicos sequestrado em Setúbal. Governo estuda medidas
É o terceiro caso de violência contra profissionais de saúde no espaço de poucos dias, desta vez ocorrido em Setúbal. Ministério da Saúde acompanha casos com "grande preocupação" e diz estar a "estudar medidas".
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País Saúde
Depois de ter estado alegadamente à espera quatro horas nas urgências, um paciente sexagenário sequestrou dois médicos no gabinete, agredindo-os com cadeiras e mesas, noticia esta sexta-feira o Jornal de Notícias.
O episódio aconteceu no dia 31 de dezembro, no Hopsital São Bernardo, em Setúbal, no mesmo dia em que um jovem de 21 anos agrediu um médico no centro de saúde de Moscavide depois de o clínico lhe ter recusado uma baixa.
Em Setúbal, conta o JN, o utente começou por agredir verbalmente e ameaçar a médica que o atendia, situação que a levou a pedir ajuda ao marido, clínico na mesma unidade de saúde.
Terá sido nesta ocasião que o utente sequestrou os dois profissionais de saúde no interior do gabinete, onde sujeitou os médicos a atos de violência com cadeiras e a mesa. O médico terá também entrado em confrontos com o paciente, tendo sido um agente da PSP, em serviço no hospital, a pôr fim à violência.
O caso aconteceu na mesma unidade hospitalar onde se registou, há poucos dias, outro caso de violência, em que uma médica foi agredida nas urgências.
Em declarações ao Notícias ao Minuto, o Ministério da Saúde diz estar a acompanhar os casos de violência contra profissionais de saúde "com bastante preocupação" e adianta estar a "estudar medidas".
A PSP confirmou, entretanto, a ocorrência registada por volta das 20h do dia 31. Na sequência do alerta do vigilante, a PSP separou os envolvidos nos confrontos, tendo sido obrigada a partir o vidro da porta para conseguir entrar no gabinete. Os envolvidos prestaram testemunhos "contraditórios" e os factos foram remetidos ao Ministério Público, disse ainda a mesma fonte.
Os episódios de violência contra profissionais de saúde tem disparado nos últimos meses, tendo levado a Ordem dos Médicos a exigir que sejam tomadas medidas. Por seu turno, o Ministério da Saúde repudiou "todos os atos de violência" contra médicos.
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