"Sim, estou muito preocupado, julgo aliás que ninguém pode estar despreocupado", disse o ministro à imprensa à margem do Seminário Diplomático, que começou hoje em Lisboa.
"O apelo que tenho feito, que Portugal tem feito e a União Europeia tem feito, desde o início desta crise, é um apelo à contenção", acrescentou, frisando a importância de "evitar uma lógica de escalada".
O Irão, sustentou o ministro, "tem tido uma influência regional negativa", pelo que, hoje, "deve ter bem presente" que uma eventual resposta ao ataque "contribua para a não escalada desta conflitualidade".
Questionado sobre as recomendações que o Ministério dos Negócios Estrangeiros está a transmitir aos portugueses que se encontram na região, Santos Silva referiu que foram publicadas orientações no Portal Diplomático.
"Pedimos às pessoas que usem medidas de cuidado e segurança que elas aliás sabem quais são e como usar: que evitem lógicas de multidão, que evitem ruas e praças onde por exemplo decorram manifestações antiocidentais, medidas de precaução, de prudência", explicou.
O ministro disse ainda não ter, até ao momento, conhecimento de nenhum incidente envolvendo portugueses na região.
Comandante da força de elite iraniana Al-Quds, Qassem Soleimani, morreu na sexta-feira num ataque aéreo no aeroporto internacional de Bagdad que o Pentágono declarou ter sido ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana e provocou uma escalada de tensão na região.