PJ suspeita que detidos por burla informática angariaram 300 mil euros

A Polícia Judiciária (PJ) suspeita que a burla informática efetuada pelos seis detidos hoje anunciados seja "muito maior" do que os montantes até agora apurados, que se situam próximo dos 300 mil euros.

Notícia

© Reuters

Lusa
09/01/2020 17:32 ‧ 09/01/2020 por Lusa

País

Burla

Carlos Cabreiro, responsável pela Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), adiantou à agência Lusa que o montante total da burla até agora apurado situa-se em cerca de 28 mil euros na atividade de 'skimming' (cópia de cartões de pagamento) e 270 mil euros com fraudes com dados de cartões, mas que a PJ suspeita que esses valores sejam muito mais altos.

A Polícia Judiciária anunciou hoje que seis pessoas, duas de nacionalidade portuguesa e quatro brasileiros, foram detidas por burla informática, branqueamento de capitais e associação criminosa, tendo sido apreendido diverso material relacionado com fraude associada a compras 'online'.

Carlos Cabreiro explicou que entre o material apreendido constam sistemas de leitura de cartões de débito para acoplar às máquinas ATM, câmaras dissimuladas (usadas para copiar os códigos nas máquinas multibanco) e diverso material informático.

Na posse dos dados, os arguidos, que também efetuavam burlas através do MBWay, faziam compras através da Internet e compras em lojas, de produtos de valor avultado.

Segundo a PJ, esta investigação arrancou no final do ano de 2018, tendo por base vários casos de 'skimming' (cópia de dados de cartões de pagamento) perpetrados de forma reiterada e "com fortes suspeitas de se tratar de uma ação de um grupo organizado".

"As diligências realizadas culminaram na identificação dos presumíveis autores de várias ações criminosas, sendo posteriormente apurado que o grupo tinha divergido para uma outra vertente de fraude associada a compras em plataformas 'online' com recurso a dados de cartões de crédito", divulgou a PJ em comunicado.

A Judiciária realizou diversas buscas domiciliárias e apreendeu objetos relacionados com a prática criminosa, nomeadamente 'skimmers' (equipamento) de leitura de banda magnética, cartões bancários contrafeitos, dispositivos informáticos e de comunicações, dados de cartões, bem como artigos adquiridos da forma ilícita descrita.

As seis pessoas, cinco homens e uma mulher, com idades entre os 21 e os 52 anos, serão presentes a primeiro interrogatório judicial para aplicação das medidas de coação.

A investigação esteve a cargo da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), em estreita articulação com o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Sintra.

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas