MP investiga post da polícia sobre alegadas doenças de Cláudia Simões

Em causa está uma publicação nas redes sociais em que o Sindicato Unificado da Polícia sugeria que a mulher alegadamente agredida à saída de um autocarro na Amadora poderia ter doenças graves.

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Filipa Matias Pereira
05/02/2020 10:38 ‧ 05/02/2020 por Filipa Matias Pereira

País

agressão Amadora

O Ministério Público vai investigar uma publicação do Sindicato Unificado da Polícia de Segurança Pública (SUP) nas redes sociais. Em causa está uma foto partilhada pela associação sindical em que eram mostrados os braços do polícia alegadamente agredido, na Amadora, por Cláudia Simões. Na mesma publicação, que entretanto foi apagada, o SUP sugeria que a mulher poderia ter doenças graves.

Ao Notícias ao Minuto, a Procuradoria-Geral da República confirmou que "foi localizada uma queixa proveniente da Comissão para a Igualdade e Contra a Discriminação Racial (CICDR)" e esta "foi remetida ao DIAP de Lisboa onde deu origem a um inquérito". 

Recorde-se que a ministra de Estado e da Presidência já tinha dado conta desta queixa. De acordo com Mariana Vieira da Silva, "a presidente da CICDR instaurou a abertura oficiosa de um procedimento contraordenacional face à publicação".

E "porque está em causa um crime foi enviada também [a participação] para o Ministério Público. A importância da CICDR também é saber distinguir e atuar face à diversidade e ao diferente nível das queixas que recebe, o que neste caso faz", disse a ministra durante audição parlamentar no âmbito das discussões na especialidade do Orçamento do Estado para 2020, a 23 de janeiro.  

A respeito do caso, o ministro da Administração Interna também já tinha determinado à Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) a abertura de um inquérito para apuramento "dos factos relacionados com a atuação policial ocorrida, na Amadora, após o pedido de intervenção do motorista de um autocarro de passageiros".

Recorde-se que Cláudia Simões garante que foi agredida por um agente da PSP, numa paragem de autocarros, na Amadora, em frente à filha de oito anos. A mulher foi, entretanto, constituída arguida e sujeita à medida de coação de termo de identidade e residência, depois de o agente ter apresentado queixa contra esta por agressão.

A arguida também já apresentou queixa contra o agente de autoridade em questão.

 

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