Francisco Rodrigues dos Santos, recentemente eleito líder do CDS-PP, esteve hoje no encerramento do 38.º Congresso do PSD, em Viana do Castelo, e falou aos jornalistas já depois de ter cumprimentado o presidente reeleito social-democrata, Rui Rio, no palco do Centro Cultural de Viana do Castelo.
"Através do discurso de Rui Rio e até dos reptos que foram sendo lançados pelo CDS após o nosso último congresso, estão criadas condições para que seja criada esta plataforma de entendimento", defendeu.
Na perspetiva do presidente do CDS-PP, "é importante que haja uma aliança alargada a pensar já nas próximas eleições autárquicas de modo a que PSD e CDS consigam ganhar o maior número de câmaras a ao PS".
"E muito brevemente, portanto a curto prazo, convidamos o PSD a juntar-se ao CDS no combate pela vida, contra a eutanásia, para que o estado tenha um papel humanista, que não desista das pessoas e não olhe para a vida como um valor que pode ser descartado", desafiou.
Francisco Rodrigues dos Santos fez questão de sublinhar que, no discurso de encerramento, "as palavras de Rui Rio foram simpáticas" e "o CDS mereceu uma nota particular".
"O CDS, embora tenha reparado que o PSD esteja a adotar uma estratégia rigorosamente ao centro, eu não vejo que isso seja prejudicial para o CDS na medida em que o CDS e o PSD não são partidos substitutivos um do outro, mas sim complementares", apontou, reagindo já ao posicionamento ao centro reafirmado por Rui Rio no congresso após a reeleição.
Na perspetiva do líder do CDS-PP, certamente que os dois partidos se vão encontrar "para apresentar uma solução que Governo que possa estreitar pontes e construir soluções alargadas para reformar o nosso país".
O CDS tem no PSD o seu parceiro tradicional. Queiramos em conjunto construir esta relação com base num cooperação institucional, baseada num diálogo construtivo, estruturado, leal e de confiança recíproca", afirmou.