Nove dos 18 cães que foram resgatados na herdade do cavaleiro tauromáquico João Moura, e que se encontram numa associação de Palmela, ainda não estão para adoção e não podem receber visitas, porque "precisam de descansar".
"Os meninos estão a descansar e continuam a ser avaliados pelo médico veterinário. Uma fêmea está internada. Com o devido timing, todos vão fazer análises completas, ser vacinados, desparasitados e esterilizados. Serão todos microchipados", lê-se na publicação da associação, que faz uma atualização do caso no Facebook.
Segundo a associação, os animais estão a ser alimentados "com uma boa ração para ganharem forças".
Os nove galgos juntaram-se assim aos cerca de 750 "residentes do Cantinho da Milu". A única forma de os ajudar, nesta fase, é através de donativos para fazer face às despesas da associação em causa.
A GNR deteve, na quarta-feira, o cavaleiro e apreendeu 18 cães de raça galgo que se encontravam com sinais de subnutrição. Já esta quinta-feira, esta força militar, assim como algumas associações de defesa dos animais, divulgaram imagens dos animais visivelmente abaixo do peso aceitável.
Um dos galgos resgatados pela GNR, da herdade do cavaleiro tauromáquico, em Monforte, distrito de Portalegre, acabou mesmo por morrer.
Entretanto, mais de 18 mil pessoas já assinaram uma petição pública, lançada nos últimos dias, que pede a condenação de João Moura.
Já o cavaleiro, em declarações ao blogue de informação taurina Farpas, disse estar tranquilo. “Fui detido para ser ouvido pela GNR em Monforte, não fui a tribunal. Tinha lá uns cães mais magros e alguém denunciou isso, mais nada […]. Agora vão instruir o processo e vai seguir para a frente. Já prestei as minhas declarações e estou em casa tranquilo e com a consciência tranquila. Não matei ninguém, não roubei ninguém, não tratei mal os meus cães. Alguns estavam magros, mas não os tratei mal!”, garantiu João Moura.