A Fenprof vai entregar ao Governo mais de cinco mil postais assinados por educadores e professores. A associação sindical exige, com esta forma de protesto, "a abertura de negociações para resolver problemas que se arrastam, penalizando e desvalorizando a profissão".
Em comunicado enviado às redações, a Fenprof dá conta de que "os problemas para os quais se exigem soluções são bem conhecidos" e estão relacionados com a "carreira (roubo de tempo de serviço e outros obstáculos à normal progressão dos docentes), envelhecimento dos profissionais, precariedade e condições de trabalho nas escolas".
A associação acusa o Ministério da Educação de se recusar a "reunir, dialogar" e "abrir negociações das quais resultem as medidas necessárias à superação" destes problemas. Alega ainda a Fenprof que o ministro da Educação, "desde o início do seu novo mandato", se "limitou a convocar uma reunião, em 22 de janeiro, na qual reiterou indisponibilidade para o diálogo e para a abertura de processos negociais sobre matérias que não fossem por si decididas".
Os postais serão entregues ao primeiro-ministro no final da reunião do Conselho de Ministros, em Bragança, amanhã, dia 27 de fevereiro. Antes disso, docentes estarão concentrados em protesto, pelas 11h45, na Praça do Professor Cavaleiro de Ferreira.
Recorde-se que o Executivo socialista vai rumar hoje ao distrito de Bragança, para o arranque da iniciativa 'Governo mais próximo', que, até quinta-feira, inclui visitas à região de ministros e secretários de Estado e uma reunião do Conselho de Ministros, em que, tudo indica, será aprovado o novo modelo de portagens para o Interior do país.