Câmara de Gondomar reage a acusações de falta de ajuda a jovem com cancro

A autarquia garante que, em 2016, foi atribuída uma habitação T3 à família e que esta recusou.

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© Facebook / Câmara Municipal de Gondomar

Notícias Ao Minuto
04/03/2020 21:40 ‧ 04/03/2020 por Notícias Ao Minuto

País

Cancro

A Câmara Municipal (CM) de Gondomar reagiu, esta quarta-feira, através de um comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, à notícia de que a autarquia não disponibilizou uma casa à família de um jovem com cancro que vive numa residência sem condições de habitabilidade.

De acordo com o comunicado, a CM teve conhecimento da situação de saúde do jovem através do Centro Hospitalar Universitário de São João, no passado dia 12 de fevereiro e, no dia seguinte, “através da Divisão de Desenvolvimento Social, procedeu a uma visita domiciliária com o intuito de avaliar a situação e disponibilizar apoio dos serviços da autarquia”.

Nessa visita, revela o mesmo documento, “foi possível obter a informação de que o João Pedro [que sofre de um cancro] reside há cerca de um ano com os seus tios paternos e, segundo a tia Daniela, o terreno onde está edificada a habitação foi adquirido por um novo proprietário, tendo a família um advogado a tratar de um procedimento judicial contra o senhorio, com vista à obtenção, a título indemnizatório, de uma alternativa habitacional”. Ou seja, a família declinou durante a visita da CM a sua casa “qualquer apoio habitacional da autarquia”.

Refere ainda o comunicado que, mesmo assim, foi deixado à família contacto para “aquando da alta hospitalar do João Pedro ou de qualquer outra situação que viesse a ser entendida como necessária, a família pudesse recorrer aos serviços da autarquia”, quer a nível de Saúde, Segurança Social ou Autarquia. Até ao momento, garante a CM de Gondomar, “a família a nenhuma destas entidades reconheceu qualquer necessidade”.

Mas a autarquia diz mais: “Consultados os registos, no que respeita a pedidos/candidaturas a habitação pública municipal, verificamos que em fevereiro de 2016 foi atribuída uma habitação, de tipologia T3, recusada pela família em março desse mesmo ano, não tendo sido efetuado nenhum novo pedido de habitação até à data deste comunicado”.

Além disso, revela a CM, também o Centro Hospitalar Universitário de São João, “ao verificar a recusa da família em aceitar a oferta de habitação pública municipal” e face às condições habitacionais atuais, “disponibilizou alternativa institucional onde o João Pedro pudesse recuperar após a cirurgia, “solução esta também recusada pela família”.

Apesar disso, a CM de Gondomar garante continuar disponível, “dentro das suas competências”, para ajudar o João Pedro e a sua família a ultrapassar esta situação.

Recorde-se que, no passado dia 26 de fevereiro, o Jornal de Notícias divulgou a história João Pedro, um jovem de 18 anos com cancro que recupera de uma cirurgia “num quarto cheio de humidade, onde entra água”.

Na mesma reportagem, o jornal revela a situação de dificuldade em que a família vive. Num agregado de família de quatro pessoas, entre as quais duas estão com cancro, apenas uma ganha ordenado. A habitação degradada está num terreno que foi comprado por um proprietário que, alegadamente, está a dificultar o realojamento da família.

Nessa mesma peça, o JN revela que falou com a Câmara de Gondomar e que esta lembrou que “é da responsabilidade dos senhorios a manutenção" das habitações.

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