Covid-19. Faculdade de Medicina de Lisboa suspende aulas com doentes
A Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) vai suspender as aulas que impliquem contacto com doentes, na sequência do surto do novo coronavírus, anunciou a instituição em comunicado.
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País Covid-19
A faculdade "decidiu a necessidade de suspensão temporária de todas as aulas que implicassem contacto com doentes" após reunião na sexta-feira do Conselho Diretivo do Centro Académico de Medicina de Lisboa (CAML), constituído pelo Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte (CHULN), Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa (FMUL) e Instituto de Medicina Molecular-João Lobo Antunes (IMM-JLA).
Segundo o comunicado divulgado no 'site' da FMUL, "entendeu-se ser prioritária a proteção dos doentes que estão quer no CHULN como em outros hospitais afiliados e centros de saúde, bem como de todos os que acorrem a este centro académico, incluindo alunos, docentes, funcionários e restantes profissionais de saúde", na sequência do surto de Covid-19.
"Assim sendo, nesta fase, não só as aulas práticas envolvendo doentes ficam suspensas, bem como todas as atividades ou eventos que concentrem mais de 50 pessoas num mesmo espaço", detalha ainda o comunicado, que indica, no entanto, que "as restantes aulas teóricas e práticas vão manter-se, até novas instruções em contrário".
A instituição assegura, no comunicado assinado pelo diretor da FMUL, Fausto Pinto, estar "devidamente apetrechada para acionar um Plano de Contingência em caso de necessidade, em articulação com os seus parceiros".
Na quinta-feira, a Associação de Estudantes da FMUL já tinha suspendido todas as iniciativas que impliquem grande afluência de participantes, incluindo uma conferência internacional agendada para o final do mês, devido ao novo coronavírus.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou cerca de 3.600 mortos entre mais de 105 mil pessoas infetadas numa centena de países e territórios.
Das pessoas infetadas, cerca de 60 mil recuperaram.
Depois de a China ter colocado 60 milhões de pessoas em quarentena para tentar travar a epidemia, a Itália anunciou uma medida idêntica no Norte do país, que pode afetar cerca de 16 milhões de pessoas em cidades como Milão, Veneza ou Parma.
A Itália registou já 233 mortos em quase seis mil pessoas detetadas com o novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
Em Portugal, estão confirmados 21 casos de infeção por Covid-19 e o Governo anunciou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.
Foram também encerrados temporariamente alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário.
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