"Face ao comunicado da Direção-Geral de Saúde (...) recomenda-se a todos os estudantes, docentes, investigadores, técnicos e restantes colaboradores da Universidade do Porto residentes nos concelhos de Felgueiras ou de Lousada que não se deslocam para as instalações da U. Porto", lê-se em comunicado da Universidade.
Devido aos desenvolvimentos do surto Covid-19, a Universidade do Porto estabeleceu um Plano de Contingência, elaborado por uma task-force nomeada pelo reitor, que se alinha com as orientações das autoridades de saúde nacionais e internacionais, por forma a minimizar os riscos de transmissão do Covid-19.
Hoje, também em comunicado, a Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) anunciou a suspensão das aulas, adiantando que vai procurar "mitigar" o impacto desta decisão nos seus alunos.
O comunicado da Universidade do Porto foi divulgado poucas horas após o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) ter comunicado que tinha recomendado à FMUP "a suspensão das atividades que exigem a presença física dos alunos ou docentes, promovendo abordagens de ensino à distância".
Também no domingo, a UP já havia referido que as instalações partilhadas do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) e da Faculdade de Farmácia vão permanecer encerradas até 20 de março.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos. Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo. Todos os infetados, 18 homens e 12 mulheres, estão hospitalizados. A DGS comunicou também que 447 pessoas estão sob vigilância por contactos com infetados.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares e estabelecimentos prisionais na região Norte.
Foram também encerrados alguns estabelecimentos de ensino secundário e universitário no Norte, bem como duas escolas na Amadora e uma em Portimão.
Em Felgueiras e Lousada, foram encerrados ginásios, bibliotecas, piscinas e cinemas, além de todas as escolas. Os residentes naqueles dois concelhos do distrito do Porto foram aconselhados a evitar deslocações desnecessárias.