Em declarações à Lusa, o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva, reiterou a importância de garantir que todos os mecanismos de proteção sejam adotados, uma preocupação que também a Federação Nacional dos Professores (Fenprof) tem transmitido aos docentes.
Mário Nogueira, secretário-geral da Fenprof, elogiou a decisão de encerrar os estabelecimentos de ensino após a confirmação de casos de Covid-19, mas reiterou que o cumprimento do isolamento profilático é fundamental, para que a contenção do vírus seja eficaz.
"Muitos colegas têm-nos contactado para saber o que podem fazer. Claro que não há pânico, não há alarme social, e é bom que não haja, mas também não pode haver negligência", considerou o dirigente sindical, que questionou se suspender as atividades nestas escolas é suficiente, uma vez que muitos dos alunos e funcionários têm familiares a frequentar outros estabelecimentos de ensino.
Até ao momento, foi anunciado o encerramento de todas as escolas dos concelhos de Felgueiras e Lousada, duas em Portimão e na Amadora.
João Dias da Silva sublinhou que o encerramento dos estabelecimentos de ensino acompanha a evolução da situação e reflete uma proximidade entre as escolas e a Direção-Geral de Saúde, não havendo necessidade para alarme social.
"A atitude genérica dos professores tem sido de preocupação, acompanhamento da situação e busca de informação", disse à Lusa o secretário-geral da FNE, considerando que, ainda assim, deve prevalecer o bom senso, sem "alarmismos inúteis".
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.800 mortos.
Cerca de 110 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Portugal regista 30 casos confirmados de infeção, segundo o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde (DGS), divulgado no domingo.
Face ao aumento de casos, o Governo ordenou a suspensão temporária de visitas em hospitais, lares, estabelecimentos prisionais na região Norte e alguns estabelecimentos de ensino.