Linhas SNS24 e de apoio ao médico vão ser reforçadas "ainda esta semana"
Em sede de comissão parlamentar de Saúde, a ministra da Saúde indicou que esta semana deverá ocorrer um reforço da linha SNS24 e da linha de apoio ao médico.
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País Covid-19
A ministra da Saúde, Marta Temido, é ouvida esta quarta-feira na comissão parlamentar de Saúde. Aos deputados presentes, a governante assegurou que "está em curso o reforço da linha SNS24 e da linha de apoio ao médico", com 81 enfermeiros, assim como estão a ser acauteladas outras medidas de combate ao surto do novo coronavírus.
Este reforço das linhas responsáveis pela triagem de casos suspeito de Covid-19 deverá ocorrer "ainda esta semana". Como indicou Marta Temido, está também "pronta a capacidade de realização de material biológico em casa e está em estudo o recurso à hospitalização domiciliária nos casos de doença ligeira, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde".
Marta Temido adiantou que o contrato que os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) têm com a operadora Altice está neste momento "largamente ultrapassado".
"O contrato tem um volume de chamadas que fazia parte da previsibilidade de resposta de uma linha deste tipo e aquilo que tem sido a procura associada ao Covid-19 fez de facto aumentar significativamente a necessidade de resposta", sublinhou.
O deputado social-democrata Ricardo Baptista Leite defendeu que se "aumente drasticamente a capacidade de resposta" da linha e "eventualmente que se crie uma outra para informações genéricas sobre esta matéria". Em reposta, Marta Temido disse que na terça-feira o Ministério discutiu com os SPMS que iria ter uma reunião com a Altice, a possibilidade desse desdobramento de linha.
Contudo, sublinhou, "parece-nos que as pessoas já estão muito habituadas à Linha de Saúde 24 e, portanto, estar neste momento a criar aquilo que noutros países foi criado excecionalmente porque não dispunham deste apoio outra linha para este efeito não terá este efeito mais desejável".
Por outro lado, o Governo está também a apelar a quem precisa da Linha de Saúde 24, apenas para informações que não são de saúde, que as coloque por 'e-mail'. "Não é uma abstenção de utilização e o encaminhamento para o 'e-mail'", ressalvou.
A ministra avançou ainda que vai haver uma reunião com as ordens profissionais na sexta-feira, adiantando que já conversou com o bastonário da Ordem dos Psicólogos no sentido de equacionar o apoio de psicólogos à Linha de Saúde 24. "Isto porque há um conjunto de informações que se prendem com o apoio psicológico" e será importante ter esta "área de apoio que não estava considerada na origem".
Por último, está a ser equacionada a abertura de um 'call center' num outro ponto do país.
Recordou a ministra que a Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou recentemente o Plano Nacional de Preparação e Resposta à Doença "que se encontra a ser seguido" no âmbito da "fase de contenção alargada" e as principais entidades preparam-se inclusive para a "entrada na fase de mitigação".
A nível nacional há, neste momento, "10 hospitais de primeira e segunda linha a receber doentes". Há ainda "10 entidades" habilitadas para fazerem análises ao Covid-19, para além do laboratório de referência, o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.
Recorde-se que o surto do Covid-19 tem motivado, desde a semana passada, o encerramento ou o condicionamento do acesso a serviços públicos, escolas, hospitais e outros equipamentos por cá.
Ainda esta quarta-feira irá reunir-se o Conselho Nacional de Saúde Pública (CNSP) para discutir medidas de contenção do surto. O primeiro-ministro, António Costa, disse na terça-feira que seja qual for a posição que o CNSP tomar, "generalizar o encerramento das escolas" ou manter a opção de apenas encerrar aquelas onde "há focos de infeção e riscos de contaminação", o Executivo tomará "imediatamente" essa medida.
[Notícia atualizada às 11h01]
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