Perante o cenário de pandemia mundial e de estado de alerta em Portugal, o Presidente da República apela aos portugueses que se mobilizem para combater o novo coronavírus. Marcelo reforça que "o esforço de todos e de cada um terá de ser maior, para enfrentar uma situação que pode ser mais grave e duradoura do que muitos especialistas diziam no começo do ano".
Numa nota divulgada esta sexta-feira na página da Presidência da República, o chefe de Estado realça que sabe-se hoje que o vírus "pode ser mais intenso e duradouro do que a própria Organização Mundial de Saúde pensava. Basta ver que, no próprio país de origem, passados quatro meses, o processo não se encontra ainda encerrado".
Na Europa, lembra, "os dados recentes revelam não se confirmar que o pico foi atingido e que a desaceleração do processo já se tenha iniciado".
Aproveita ainda o Presidente da República, que testou negativo para o novo coronavírus, para relembrar que o "Governo anunciou ontem as medidas que entendeu estritamente necessárias e suficientes para esta fase da situação vivida em Portugal, na saúde, como na economia, no emprego e nos rendimentos". Mas, alerta Marcelo, "medidas mais reforçadas" poderão e "deverão ser mesmo tomadas".
Em isolamento profilático voluntário, o Presidente destaca "o sentido de Estado dos partidos e parceiros sociais" e assegura que "promulgará ou tomará a iniciativa quanto a todas as medidas que for entendido serem imprescindíveis perante a gravidade da situação".
Na mensagem é ainda deixada uma palavra de "solidariedade aos compatriotas internados, tratados em casa, em vigilância ou em quarentena", bem como "ao pessoal de saúde (...) e a todos os profissionais", aos quais Marcelo deixa uma palavra de agradecimento pela "dedicação sem limites, que têm votado, semana após semana". O agradecimento é ainda alargado a "muitos outros profissionais que já exprimiram a sua disponibilidade para colaborarem na missão comum".
Finalmente, o Presidente Marcelo "pede aos portugueses que continuem mobilizados mas serenos, preocupados mas disciplinados, percebendo que só com paciência e contenção, cumprindo as medidas tomadas, evitando situações de risco e ficando em casa sempre que possível, pensando nos mais vulneráveis, sobretudo nestas próximas semanas, será possível criar condições para moderar e depois travar a pandemia e tratar, em unidades de saúde e em casa, os pacientes".
[Notícia atualizada às 12h12]