"Exceto aos cruzeiros e aos voos provenientes de Itália, neste momento, não temos nenhuma justificação que fundamente o encerramento total de fronteiras", afirmou Eduardo Cabrita numa conferência de imprensa em Lisboa sobre a situação de alerta declarada hoje.
O ministro explicou o que distingue a atual situação de contingência de outras já conhecidas em Portugal, como inundações, incêndios florestal ou as medidas tomadas a propósito do abastecimento de combustíveis no ano passado.
"Não há aqui qualquer possibilidade de determinar previamente em que parte do território nacional e durante quanto tempo se verificaram circunstâncias mais complexas", afirmou, sublinhando que há um conjunto de níveis de medida prevista.
Segundo Eduardo Cabrita, a Lei de Base de Proteção Civil prevê vários níveis de intervenção, designadamente o estado de alerta, estado de contingência e estado de calamidade.
O governante sustentou que foi considerado que "a situação de alerta é adequada ao quadro que se enfrenta e que dá todos os meios".
Questionado sobre os transportes públicos, referiu que está a ser adequado a criação de mecanismo que garantem a sua desinfeção com maior periodicidade e o aconselhamento a todos os cidadãos que tenham aqui também as práticas de proteção individual e de comportamentos de segurança adequadas.
"Por isso, não se coloca neste momento a possibilidade de cessação do funcionamento da rede de transportes públicos, designadamente o metro", sublinhou.
Em Portugal, os últimos números da Direção-geral de Saúde apontam para 112 doentes, não havendo até ao momento registo de nenhuma morte.