O grupo com sede nesse concelho do distrito de Aveiro emprega em todo o mundo cerca de 6.000 colaboradores em unidades de moldes, plásticos e aço, sendo que, só nas fábricas de Oliveira de Azeméis, trabalham aproximadamente 3.000 pessoas.
Dessas, cerca de 10 já se encontravam em quarentena desde o início da semana devido a situações de risco não relacionadas com a Simoldes - nomeadamente funcionários que são familiares de profissionais de saúde e que têm doenças crónicas ou outras vulnerabilidades físicas - e as restantes entraram em quarentena esta quinta-feira.
Isso deveu-se ao facto de um dos administradores do grupo ter evidenciado sintomas que indiciam contágio pelo novo coronavírus, após o que a realização de exames confirmou o diagnóstico de infeção.
O gabinete de Medicina do Trabalho da Simoldes identificou então as cerca de 40 outras pessoas que, por terem contactado com o infetado nas unidades locais de plásticos e moldes, estão agora igualmente sujeitas a isolamento.
Em comunicado interno a que a Lusa teve acesso, o grupo informa que há apenas "um caso de infecção por Covid-19" na sua estrutura e que a lista das pessoas identificadas como de risco "já foi remetida à autoridade de saúde local, que ficará responsável pelo contacto direto com as mesmas e tomará as medidas recomendadas pela Direção-Geral da Saúde".
O novo coronavírus responsável pela Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.900 mortos em todo o mundo, levando a Organização Mundial de Saúde a declarar a doença como pandemia.
O número de infetados ultrapassa as 131.000 pessoas, com casos registados em mais de 120 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 78 casos confirmados.
A região Norte continua a ser a que regista o maior número de casos confirmados (44), seguida da Grande Lisboa (23) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com cinco casos confirmados da doença.
Depois de decidir que as escolas de todos os graus de ensino vão suspender as atividades letivas presenciais a partir de segunda-feira, o Governo também decretou o estado de alerta em todo o país, colocando os meios de proteção civil e as forças e serviços de segurança em prontidão.
A restrição de funcionamento de discotecas e similares, a proibição do desembarque de passageiros de navios de cruzeiro, exceto dos residentes em Portugal, a suspensão de visitas a lares em todo o território nacional e o estabelecimento de limitações de frequência nos centros comerciais e supermercados para assegurar possibilidade de manter distância de segurança foram outras das medidas aprovadas para contenção do Covid-19.