Hospital Santa Maria detetou mais quatro casos em rastreio a doentes

O Hospital Santa Maria detetou mais quatro casos positivos de Covid-19, além dos dois casos conhecidos na quarta-feira, após um "rastreio rigoroso" aos doentes internados nas enfermarias de Medicina, disse à Lusa uma fonte do hospital.

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Lusa
14/03/2020 20:03 ‧ 14/03/2020 por Lusa

País

Covid-19

 

Segundo a fonte oficial do Centro Hospital Universitário Lisboa Norte (CHULN), estes novos casos não têm relação com os dois primeiros casos, que são de enfermarias diferentes

Nos últimos dias, entre doentes internados e doentes externos, foram testadas mais de 250 pessoas, disse, informando que "além dos dois casos conhecidos na quarta-feira, foram detetados apenas mais quatro casos positivos em doentes internados" à luz do novo critério de caso revisto pela DGS, que passou a incluir como critério para caso suspeito a existência de quadro infeccioso respiratório grave sem agente identificado.

"Neste momento esse rastreio está praticamente concluído, falta conhecer resultados de oito doentes", sublinhou a mesma fonte

Em relação aos profissionais que contactaram com estes doentes, são conhecidos já os resultados de perto de 160 testes, todos eles negativos, acrescentou.

Na sequencia do aumento do número de doentes internados com a Covid-19, o CHULN, que integra os hospitais Santa Maria e Pulido Valente anunciou várias medidas na sexta-feira, nomeadamente a suspensão das consultas externas e cirurgias programadas não urgentes.

Criou a primeira enfermaria do país "exclusivamente vocacionada" para receber doentes com Covid-19, com capacidade para 22 pessoas".

A esta enfermaria junta-se uma Unidade de Cuidados Intensivos com capacidade até 11 doentes e que pode receber casos que necessitem de oxigenação por membrana extracorpórea.

O centro hospitalar decidiu ainda suspender as consultas externas não urgentes, que serão reagendadas ou substituídas, quando possível, por consultas não presenciais.

Foram também suspensas as cirurgias programadas não urgentes, mantendo-se "todas as cirurgias consideradas clinicamente essenciais, nomeadamente as relacionadas com doença oncológica", sublinha.

Na próxima semana, o CHULN terá cerca de 250 trabalhadores em teletrabalho, medida que a curto prazo vai abranger mil trabalhadores, sobretudo de áreas não assistenciais.

O Centro Hospitalar passará também a ter um novo espaço de isolamento para casos suspeitos junto à Urgência Central, que se junta a um outro que entrou em funcionamento no início da semana.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 5.700 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ultrapassou as 151 mil pessoas, com casos registados em mais de 137 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 169 casos confirmados.

 

 

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