Estado de calamidade. Vedadas saídas e entradas em Ovar

Os ministros da Saúde e da Adminstração Interna estiveram reunidos, na tarde desta terça-feira, em conferência de imprensa. Eduardo Cabrita apelou à compreensão da população perante a definição de estado de calamidade em Ovar, que restringe a circulação dos residentes.

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Filipa Matias Pereira
17/03/2020 18:54 ‧ 17/03/2020 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

Há 30 casos confirmados de Covid-19 em Ovar, o que levou o Governo a comunicar, através do ministro da Administração Interna e da ministra da Saúde, o estado de calamidade na região. 

Precisou Eduardo Cabrita que será criada uma "cerca sanitária" aplicável a todo o município e será estabelecido "um conjunto de restrições, quer a atividades económicas, quer à atividade de pessoas no município". 

No âmbito da cerca sanitária estabelecida, "salvo um conjunto de situações excecionais", fica "vedada a saída dos residentes de Ovar para fora do município. E é vedado o acesso de todos nós ao município". 

Por situações excecionais são entendidos os movimentos de "profissionais de saúde ou de forças de segurança, ou de residentes a regressar a casa", bem como o "abastecimento de áreas que devam continuar em funcionamento".

A título exemplificativo, a Linha do Norte, que atravessa o município, "continuará a operar, mas nessas estações [ferroviárias] não haverá nem entrada nem saída de passageiros". 

No que às atividades comerciais e industriais diz respeito, estão "igualmente interditas", à exceção das "relativas ao setor alimentar". Significa isto que foram fechados "todos os restaurantes, todas as oficinas", mas "mantêm-se abertas as padarias e os supermercados na área de abastecimento alimentar", bem como "as farmácias, os bancos e os postos de combustíveis". 

Dando resposta às necessidades dos residentes, mantêm-se em funcionamento "os hospitais, centros de saúde, forças e serviços de segurança, comunicações, serviços de água e de energia". 

Esta medida "será aplicada de imediato", pelo que Eduardo Cabrita apelou à "compreensão dos cidadãos quanto à absoluta restrição das suas atividades". 

A Ministra da Saúde reiterou a informação que já tinha sido avançada na tarde desta quarta-feira por Salvador Malheiro, de que o delegado de Saúde Pública do Centro emitiu um despacho, "enquanto Autoridade Regional de Saúde, no qual considerava que nos encontramos, nesta área, numa zona compatível com o quadro de transmissão comunitária ativa de Covid-19". 

Nas palavras de Marta Temido, este cenário significa que "há um risco de transmissão generalizado e a possibilidade de poderem haver novas cadeias de transmissão". Dos 448 casos confirmados hoje pela Direção-Geral da Saúde (DGS), "30 são relacionados com o concelho de Ovar" e estão já 440 pessoas em monitorização pelas autoridades. Estes 440 casos tiveram contacto com os 30 infetados e, por isso, "estão com recomendação de quarentena e de vigilância". 

De acordo com a ministra, "este elevado número de casos confirmados numa área relativamente restrita", com "muitos contactos em monitorização que podem indiciar uma transmissão comunitária ativa da doença", justificaram a decisão da Autoridade Regional de Saúde. 

 

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