"Tal como todos os agentes de viagens em todo o mundo, os agentes de viagens portugueses estão a fazer todos os esforços para acudirem a esta situação de exceção", refere a APAVT num comunicado.
O documento foi emitido em resposta ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros de Portugal, Augusto Santos Silva, que hoje apelou às agências de viagens para que não deixem os turistas "sozinhos nestas circunstâncias difíceis".
"O Estado, através do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), da nossa embaixada (em Jacarta) e dos serviços centrais apoia, mas evidentemente que o Estado não pode substituir-se às agências de viagens com os quais foram contratados estes percursos", afirmou Augusto Santos Silva, destacando a situação que se verifica no continente asiático.
No comunicado hoje emitido, a APAVT adianta que "não 'encontrou', até à data, qualquer cliente de agências de viagens nas Filipinas que não esteja a ser devida e profissionalmente acompanhado".
A APAVT acrescenta que um grupo de turistas portugueses nas Filipinas "terá marcado as suas viagens sem o auxílio de uma agência de viagens".
A associação refere também que os turistas estão a viver "uma alteração profunda das circunstâncias", decorrente do encerramento, nos próximos dias, de fronteiras terrestres, portos e aeroportos em países como Espanha, Chipre, Polónia, Turquia, Marrocos ou República Dominicana, medidas que a APAVT considera que afetarão "muitos milhares de cidadãos europeus retidos" por todo o mundo.
Outra dificuldade apontada pela APAVT passa pelo cancelamento de rotas e suspensão de voos por parte de companhias aéreas, criando "uma situação difícil de gerir", uma vez que se verifica "menor oferta, maior procura".
A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo assegura que não tem feito "senão minimizar o problema" e que vai continuar a trabalhar em cooperação com os serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que Portugal irá suspender as ligações aéreas de fora e para fora da União Europeia a partir das 00:00 de quinta-feira por um período de 30 dias.
As exceções serão os países extracomunitários onde há "forte presença de comunidades portuguesas", como Canadá, Estados Unidos, Venezuela e África do Sul, e os países de língua oficial portuguesa, declarou António Costa.
No entanto, no caso concreto do Brasil, as rotas serão restritas a Rio de Janeiro e São Paulo, sendo suspensas todas as outras.
O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou mais de 189 mil pessoas, das quais mais de 7.800 morreram.
Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde elevou hoje número de casos confirmados de infeção para 448, mais 117 do que na segunda-feira, dia em que se registou a primeira morte no país.