"Ainda estamos no início do caminho". Vem aí mais reforço de material

Secretário de Estado da Saúde deixou uma palavra de "alento" à população de Ovar que está em quarentena na sequência da declaração de calamidade público a alertou para a rápida propagação do vírus e que "ainda estamos no início do caminho".

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© Global Imagens 

Melissa Lopes
18/03/2020 12:31 ‧ 18/03/2020 por Melissa Lopes

País

Covid-19

Apontando a situação de Ovar como um "preocupação acrescida" devido ao elevado número de casos de infeção por Covid-19 e os indícios de transmissão comunitária, o secretário de Estado da Saúde quis deixar à população do município "uma palavra de alento", assegurando que  "esta é a melhor forma de proteger a sua saúde" e a dos outros.  

Estas declarações foram proferidas na habitual conferência de imprensa no Ministério da Saúde, com a presença da diretora-geral de Saúde, Graça Freitas,  no dia em que o número de infetados aumentou para 642 e se registou a segunda morte devido à Covid-19. 

António Sales destacou que Ovar nos deve deixar a todos "mais alerta" e que temos de estar conscientes da velocidade com que o vírus se propaga.

Elogiando o "elevado sentido de responsabilidade e civismo dos portugueses", António Sales avisou que "ainda estamos no início do caminho" de uma batalha que se prevê longa. 

Ao mesmo tempo, o governante quis deixar uma mensagem positiva, mostrando-se confiante numa "vitória coletiva". "Somos todos, coletivamente, agentes de saúde pública", referiu. 

Respondendo às perguntas dos jornalistas, o secretário de Estado salientou que estão a ser reforçadas "todas as aquisições de EPI (Equipamento de Proteção Individual)". "Todos os dias estamos a ir ao mercado", disse o governante, assinalando que 2 milhões de máscaras e 150 mil EPI vão ser distribuídos pelos hospitais até ao final desta semana e que, a partir da próxima semana, "este stock será reforçado". 

Sobre as altas hospitalares, Graça Freitas explicou que, neste momento, dos 642 infetados, apenas estão internadas 89 pessoas, aplicando-se uma "regra simples" desta doença: 80% das pessoas ficam em cuidados domiciliários, 15% em enfermaria e 5% poderão precisar de cuidados intensivos. 

"À medida que o quadro clínico estabilizou" e tendo em conta a "capacidade para ficar em casa", estas pessoas acabaram por receber alta, explicou. 

Questionada sobre eventuais novas medidas em aeroportos, Graça Freitas admitiu estar a ser equacionada quer a imposição de quarentena quer o rastreio por controlo de temperatura.

A diretora-geral deixou ainda uma palavra de solidariedade e condolências à família da segunda vítima mortal devido à Covid-19. 

Por fim, e sublinhando que a DGS tem estado a comunicar "com toda a transparência", Graça Freitas indicou que, nesta fase, já "é possível ter alguma ideia para onde podemos estar a caminhar". "Os especialistas estão neste momento, mais uma vez, reunidos para fazer o ponto de situação para entregar aos decisores políticos a melhor evidência científica em Portugal com toda a transparência". 

 

 

 

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