Depois de dois dias de testes, em regime experimental, o funcionamento da unidade de rastreio em modelo "Drive Thru", instalada no Queimódromo, no Parque da Cidade, arrancou hoje em pleno.
Na segunda-feira, no primeiro dia de atividade, ainda em fase experimental, foram realizados 45 testes, tendo aumentado para 96 na terça-feira.
A recolha é feita a pacientes suspeitos de infeção e sinalizados pela Linha SNS24, que apresentem sintomas.
Em declarações aos jornalistas, numa visita à aquela unidade de rastreio, o presidente da Câmara do Porto afirmou que o modelo de rastreio utilizado está validado pela Universidade de Stanford e já foi testado "com sucesso" na Coreia e nos EUA.
Este modelo, explicou o autarca, vai permitir um maior número de suspeitos seja testado com rapidez e fora das unidades de saúde, aliviando a carga nos hospitais e minimizando o contágio.
O acesso é feito de carro, sendo a recolha realizada, através de "uma frincha" na janela do veículo, e da introdução de uma zaragatoa no nariz. O procedimento demora entre cinco a sete minutos.
As amostras são depois transportadas numa mala refrigerada por um funcionário da Unilabs e os resultados enviados aos utentes através de email num intervalo de tempo de 24 a 72 horas e comunicados às autoridades de saúde.
"Agora estamos a conseguir dar resposta entre 24 a 36 horas, mas se o número de testes se intensificar podemos só ter resultados em 72 horas", afirmou, diretor clínico da Unilabs, António Maia Gonçalves.
Atualmente, o centro de centro de rastreio "permitirá a realização de cerca de 400 testes diários numa primeira fase,
Nesta primeira fase, o centro de rastreio para a doença CoVid-19, em modelo "drive-thru", tem em capacidade para fazer cerca de 400 testes diários, podendo evoluir para perto de 700 testes.
Portugal regista já duas mortes de pessoas infetadas com o novo coronavírus até agora, de acordo com o segundo boletim epidemiológico da pandemia da Covid-19 divulgado hoje.
O número de infetados pelo novo coronavírus subiu para 642, mais 194 do que os contabilizados na terça-feira, anunciou a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com a informação divulgada sobre a situação epidemiológica de Covid-19 em Portugal, desde 01 de janeiro foram registados 5.067 casos suspeitos.
Segundo a DGS, há 351 (eram 323) casos a aguardar resultado laboratorial e três casos recuperados.
A região Norte é aquela que regista o maior número de casos confirmados (289), seguida de Lisboa e Vale do Tejo (243), da região Centro (74) e do Algarve (21).