Quando se trata de uma pessoa que morreu em casa e estava "acamada há muito tempo, com uma doença terminal e que [não tinha nenhum dos sintomas], não será obrigatório", explicou Graça Freitas, que falava aos jornalistas, em Lisboa.
Porém, se a pessoa em causa morreu com uma sintomatologia compatível à provocada pelo novo coronavírus, "caberá ao médico que certifica o óbito decidir se é necessário ou não fazer".
A responsável da Direção Geral da Saúde (DGS) lembrou ainda que "não vale a pena" utilizar máscaras, sobretudo se estas forem de tecido, sublinhando que é mais importante garantir o distanciamento social.
A máscara dá "uma falsa sensação de segurança", vincou, reiterando que é necessário "reduzir ao mínimo" o toque com as mãos na cara.
Já no que se refere à realização de testes de despiste através das autarquias, Graças Freitas referiu que o Ministério da Saúde está aberto a todas as possibilidades que ajudem a testar a infeção pelo novo coronavírus.
Porém, ressalvou, estas têm que ser de qualidade.
"O Instituto Ricardo Jorge tem que certificar a metodologia, a forma como esses testes são feitos. Depois, de facto, se forem testes de qualidade, que garantam que o resultado mede aquilo que queremos medir, então poderão ser integrados no sistema de saúde", considerou.
Portugal tem 14 mortes associadas ao vírus da covid-19 confirmadas, mais duas do que no sábado, e 1.600 pessoas infetadas, segundo o boletim de hoje da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Estão confirmadas cinco mortes na região Norte, quatro na região Centro, quatro na região de Lisboa e Vale do Tejo e uma no Algarve, revela o boletim epidemiológico divulgado hoje, com dados referentes até às 24:00 de sábado.
De acordo com os dados da DGS, há mais 320 casos confirmados de infeção com o novo coronavírus, que provoca a doença covid-19, do que no sábado.