Depois de revelado o último balanço da Covid-19 em Portugal – com mais de dois mil infetados (2060) um aumento de 460 fase a domingo, e de 23 mortos (mais nove do que ontem) – a diretora-geral de Saúde e o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, garantiram na conferência de imprensa desta segunda-feira que a compra de material para os profissionais de saúde e doentes é feita diariamente.
"Há várias linhas de encomendas. Hoje mesmo sai um avião [de Portugal] com destino à China para trazer material", afirmou o governante, revelando que "esta semana teremos mais de dois milhões de máscaras cirúrgicas, e outros dois milhões de máscaras FP2, e cerca de 50 mil zaragatoas".
Nas próximas semanas, "novas idas à China" ocorrerão para fazer face às compras do Estado quer para assegurar algumas ofertas que têm surgido".
Essa material, esclareceu, "será distribuído tendo em conta as necessidades. Percebemos a ansiedade de quem está em diferentes palcos, mas temos que fazer uma gestão criteriosa e distribuí-los primeiro onde são mais necessários".
No que diz respeitos aos testes, "estamos a aumentar a nossa capacidade", assegurou Lacerda Sales, explicando que atualmente são feitos "2.500 testes diários no setor público, mais 1.500 testes por dia no setor privado". Além disso, Portugal tem capacidade em stock de cerca de 20 mil testes", sendo o objetivo o de "aumentar progressivamente a nossa capacidade de testagem".
— SNS_Portugal (@SNS_Portugal) March 23, 2020
O secretário de Estado assumiu que a situação dos lares é uma questão que "inspira preocupação", frisando que "os casos agora conhecidos deixam ainda mais clara a necessidade de criar espaços de isolamento". "Estamos em emergência, [o que] exige flexibilização de movimentos", nesse sentido, anunciou, essas instituições de apoio e cuidados aos idosos "podem agora recorrer a uma bolsa de voluntariado".
Num "tempo de cerrarmos fileiras", Lacerda Sales deixou uma palavra as autarcas por se voluntariarem para realizarem testes, em articulação com a ARS, um apoio que, disse, "é muito bem-vindo". E outra palavra à população em geral, lembrando que estão em vigor "regras de tempos excecionais" é importante, por isso, perceber que essas medidas "visam garantir a nossa saúde pública, evitar que [as pessoas] adoeçam, ou que adoeçam todas ao mesmo tempo, para que o sistema de saúde possa dar resposta".
"Todo este tempo que ganhamos serve para que o Ministério da Saúde continue a trabalhar na aquisição de equipamentos que garantam a prestação de cuidados nas melhores condições de segurança, quer para profissionais, quer para doentes", vincou o secretário de Estado da Saúde.
[Notícia atualizada às 13h06]