CDS coopera com sede fechada e reuniões por videochamada
O CDS-PP adotou uma postura de cooperação com o Governo durante a pandemia de covid-19, mas assegura que fiscalizará as medidas tomadas em resposta à doença, que levou o partido a fechar a sede a realizar reuniões por videochamada.
© Global Imagens
País Covid-19
Com a sede nacional, em Lisboa, encerrada e os funcionários em teletrabalho, o CDS tem feito as "reuniões executivas por videochamada", com recurso a plataformas digitais como 'Skype' ou 'Zoom', adiantou à Lusa fonte do partido.
A pandemia de covid-19 e o estado de emergência decretado a isso obrigam, dado que uma das principais medidas para tentar conter a propagação da pandemia é o isolamento social.
O partido tem optado por cortar também a interação com jornalistas, recorrendo ao envio à comunicação social vídeos com reações ou declarações.
Desde que ficou conhecido o risco que os ajuntamentos constituem na propagação da covid-19, as iniciativas com militantes foram canceladas, bem como a agenda da direção, mantendo-se apenas encontros institucionais.
O último destes encontros com entidades que contou com a presença do presidente do partido e foi acompanhado pela comunicação social foi uma reunião com a Ordem dos Enfermeiros, em Lisboa, no dia 11 de março.
A par das várias propostas que tem feito e da cooperação oferecida ao Governo, o CDS, enquanto oposição, mantém uma postura de "fiscalização das medidas que estão a ser tomadas e do que está a ser feito" pelo executivo liderado por António Costa, afirmou a mesma fonte.
Num vídeo divulgado na quarta-feira, dia em que o Presidente da República decretou o estado de emergência, o líder do CDS afirmou que os políticos têm "de ser os primeiros a dar o exemplo e a oferecer esse testemunho de unidade nacional", porque "este não é o tempo de sectarismos políticos".
"Quero, por isso, transmitir ao senhor primeiro-ministro António Costa, que não está só. O Governo de Portugal contará com o empenho intenso do CDS para vencer esta pandemia", salientou Francisco Rodrigues dos Santos, adiantando que "o CDS apoiará, sem hesitações, todas as medidas que salvaguardem o interesse nacional, que protejam as pessoas e a economia, por mais difíceis que sejam".
"O nosso foco para já é este, de fiscalização e acompanhamento da situação que é preocupante, e estamos empenhados, queremos dar um contributo para que isto se resolva rapidamente", salientou à Lusa fonte centrista.
O CDS tem chamado também a atenção para as medidas que, na sua ótica, o Governo não tomou atempadamente, como o fecho das fronteiras ou dos estabelecimentos de ensino.
Enquanto a maioria dos portugueses está em casa, devido à covid-19, o CDS tem usado mais as redes sociais para contactar com o seu eleitorado e partilhar as suas propostas.
Além de um pacote de medidas de apoio para as pessoas em situação de sem-abrigo e para os idosos e os mais carenciados, o CDS vai apresentar igualmente um conjunto de propostas na área económica, para ajudar as empresas a ultrapassar o impacto das medidas decretadas no âmbito do estado de emergência.
"Temos comunicado por aí porque pessoas também têm mais tempo para ver", adiantou a fonte à Lusa.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 341 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 15.100 morreram.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 23 mortes e 2.060 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral de Saúde.
O país encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de quinta-feira e até às 23:59 de 02 de abril.
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