Segundo uma informação do Ministério da Defesa Nacional, "desde o início de fevereiro que o Laboratório Militar de Produtos Químicos e Farmacêuticos (LMPQF) aumentou a produção de desinfetante para fazer face ao expectável aumento de procura", tendo duplicado a produção para 2.000 litros.
E "para conseguir corresponder às solicitações do Serviço Nacional da Saúde, encontra-se em curso a aquisição de novos equipamentos e a constituição de uma nova equipa de produção", lê-se ainda numa nota, em resposta a perguntas da agência Lusa.
Noutra área, nos testes, o "procedimento laboratorial" do Laboratório de Defesa Biológica para a deteção do coronavírus "em amostras biológicas", está "na fase de validação junto do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA)", ainda segundo a mesma informação.
O processo de validação desta técnica "implica o envio para o INSA de cinco amostras positivas e cinco amostras negativas que, depois de confirmadas pelo Laboratório de Referência Nacional", o INSA, darão "autonomia ao Exército para a deteção" do novo coronavírus.
"Esta técnica laboratorial será efetuada com 'kits' comerciais, validados para a deteção do SARS-CoV-2, estando prevista nesta fase a capacidade para analisar 4.000 amostras", lê-se ainda na nota do Ministério da Defesa Nacional.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 400 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 18.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 33 mortes, mais 10 do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista 302 novos casos em relação a segunda-feira (mais 14,7%).
O país encontra-se em estado de emergência até às 23:59 de 02 de abril.