Estatuto de funcionários de lares "tem de ser revisto"

O Presidente da República esteve esta quarta-feira reunido com os representantes do setor social, como a União das Misericórdias Portuguesas e a Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade.

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Silvia Abreu com Lusa
25/03/2020 19:11 ‧ 25/03/2020 por Silvia Abreu com Lusa

Política

Covid-19

Terminada a reunião de Marcelo Rebelo de Sousa com os representantes do setor social - responsáveis por lares e creches - o Presidente começou por esclarecer que "tudo será feito" para garantir que a informação transmitida aos portugueses é verdadeira, algo necessário para "destruir rumores" e distinguir os lapsos na comunicação sobre os números da covid-19.

"Aquilo que posso garantir é que naquilo que depender de mim e de todas as autoridades com as quais estou em contacto permanente [primeiro-ministro, ministra da Saúde e diretora-geral da Saúde], tudo certamente será feito para que aquilo que é transmitido aos portugueses seja verdadeiro", disse aos jornalistas Marcelo Rebelo de Sousa.

Referindo-se ao lapso desta terça-feira, que originou a contabilização de um óbito por Covid-19 mas que não se confirmou, Marcelo alertou para o trabalho envolvido na recolha e transmissão desta informação em todo o país.

"As pessoas não imaginam o que é recolher esta informação na hora, de todo o país, processá-la, calculá-la e transmiti-la. Agora uma coisa é haver lapsos, outra coisa é a preocupação que tem de haver de informação o mais correta possível e que possa destruir rumores", frisou, considerando "natural" em situações de crise surgirem dúvidas e interrogações na cabeça das pessoas sobre a "verdade das informações" e que isso "tem de ser esclarecido permanentemente".

O Presidente referiu ainda que não é possível "generalizar" o que tem sido noticiado relativamente aos cuidados com os casos de coronavírus em alguns lares.

"Falaram-me do esforço enorme que o pessoal está a fazer", uma vez que esse pessoal "não foi integrado no estatuto" dos profissionais de saúde, o que levou a que cerca de 40% ficasse em casa a tomar conta dos filhos, referiu Marcelo.

"Isso é uma situação que tem de ser revista", assegurou.

Os idosos são o principal grupo de risco e, como tal, é necessário que existam todas as condições para os proteger.

"Por isso é que não há visitas. Daí a preocupação de acompanhar o pessoal, da desinfecção dos lares", acrescentou o Presidente da República, referindo que tudo isso está a ser acompanhado de perto.

Estas instituições cobrem todas as gerações, desde as crianças até aos idosos. Isto significa que o grupo mais sensível e menos protegido para esta pandemia, é um grupo que precisa muito desta cobertura social

Marcelo Rebelo de Sousa terminou a conferência com um apelo aos mais velhos, para que, "mantendo os passeios higiénicos", se resguardem e não levem "longe a tentação de contactos".

O Presidente Republica realizou esta tarde reuniões presenciais e por videoconferência com representantes do setor social, Manuel Lemos da União das Misericórdias Portuguesas (UMP), e o padre Lino Maia, presidente da Confederação Nacional de Instituições de Solidariedade Social (CNIS), e o presidente da Câmara Municipal de Ovar, Salvador Malheiro.

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