Em comunicado, a ASAE refere que desde 12 de março tem estado "em constante supervisão e vigilância do comportamento do mercado no que se referem a factos eventualmente ilícitos relacionados com a pandemia do covid-19, quer em lojas fixas, quer em ambiente digital".
Paralelamente, a ASAE diz que tem rececionado inúmeras denúncias por parte de consumidores e de operadores económicos.
Entre os dias 12 a 26 de março foi recebido um total de 1.871 denúncias, "a maioria das quais relacionadas com a pandemia, designadamente com questões de alegada especulação de preços de bens necessários para a prevenção do covid-19 (álcool, álcool-gel, desinfetantes), eventual açambarcamento de produtos, segurança alimentar, desobediência, saúde pública, entre outras".
A ASAE acrescenta que procedeu ao reencaminhamento das denúncias que são da competência de outras entidades.
Para uma resposta mais célere e eficaz ao contributo dos cidadãos e operadores económicos, foi disponibilizado um formulário para facilitar a comunicação de queixas e denúncias, que estejam relacionadas com factos ilícitos relacionados com o covid-19 e que está acessível através da ligação: https://www.asae.gov.pt/denuncias-covid-19-.aspx.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.
Dos casos de infeção, pelo menos 112.200 são considerados curados.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).
Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.