Em conferência de imprensa no Ministério da Saúde, em Lisboa, Marta Temido afirmou que é preciso um "esforço muito intenso, articulado, harmonioso, tempestivo" das entidades de saúde, segurança social, proteção civil, autarquias e toda a comunidade na identificação de casos de infeção nas unidades da rede nacional de cuidados continuados integrados e estruturas residenciais para idosos, uma vez que albergam os cidadãos de "maior risco".
Segundo a ministra, serão mesmo necessários voluntários para eventualmente substituir cuidadores que não consigam continuar a prestar cuidados a esses cidadãos.
"Precisamos da disponibilidade de voluntários com competências técnicas que possam substituir, por vezes, quando adequado, quando não haja possibilidade de encontrar soluções dentro das equipas, cuidadores que precisem de ir para quarentena ou de se afastar porque são casos confirmados", disse.
A governante afirmou ainda que um idoso que esteja infetado mas estável não precisa de sair de onde reside se tiver os cuidados adequados para ser hospitalizado e é preciso evitar que os hospitais fiquem com capacidade reduzida para responder a casos agudos.
Indicou também que, em breve, haverá orientações concretas para casos de pessoas mais vulneráveis.
"Estamos a reforçar a nossa articulação e instruções para o cuidado a pessoas vulneráveis, concretamente pessoas detidas, migrantes que vivem em instituições de apoio, sem abrigo, pessoas com comportamentos aditivos", afirmou.
A conferência de imprensa de hoje, no Ministério da Saúde, aconteceu após a divulgação dos últimos dados sobre covid-19.
Portugal regista hoje 100 mortes associadas a covid-19, mais 24 do que na sexta-feira, enquanto o número de infetados subiu para 902 para 5.170.
Segundo a ministra da Saúde foram feitos 40 mil testes a covid-19 entre 01 e 26 de março.