"Tive hoje a promessa da vice-presidente da Câmara Municipal de Barcelos de que amanhã [segunda-feira] vai retirar daqui os [utentes] que não estão com sintomas", disse à agência Lusa o presidente da direção do CASP, Joaquim Pereira, garantindo que, se tal não acontecer, o lar "vai ter de fechar, porque não tem pessoal".
Segundo Joaquim Pereira, o que está previsto é que os 19 idosos que, para já, estão assintomáticos sejam transferidos para o Hospital Particular de Barcelos.
Quanto aos cinco utentes que testaram positivo, estão em isolamento na instituição e assim deverão continuar se permanecerem, como atualmente, "estáveis".
De acordo com o presidente da direção do CASP, esta Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) não tem, neste momento, condições para continuar a assegurar os cuidados necessários aos utentes de que dispõe, já que, das 31 funcionárias que possui, só "menos de meia dúzia está ao serviço".
Das restantes, quatro estão em casa após terem testado positivo para a covid-19 e as outras ou apresentam sintomas da doença, ou estão em quarentena, incluindo as duas enfermeiras da instituição.
Como resultado, diz Joaquim Pereira, a valência de apoio domiciliário também assegurada pelo CASP foi reduzida à entrega de refeições, já que os escassos recursos humanos disponíveis estão centrados no apoio aos utentes do lar, que têm entre 79 e 95 anos e exigem "muitos cuidados".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 667 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 31.000.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 119 mortes, mais 19 do que na véspera (+19%), e registaram-se 5.962 casos de infeções confirmadas, mais 792 casos em relação a sábado (+15,3%).
Dos infetados, 486 estão internados, 138 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.