De acordo com o INE, em 2018 estavam inscritos na Ordem dos Médicos 53.657 profissionais, mais 14.700 do que em 2008, o que resultou numa relação de 5,3 médicos por mil habitantes, contra 3,7 em 2008.
"Este aumento tem vindo a ser consistentemente mais elevado (3,4% em média anual de 2009 a 2017) do que o registado na União Europeia (1,3%)", escrevem os técnicos do INE no destaque hoje divulgado.
Em relação a 2017, verificou-se um aumento de 3,3%. Em 2018, as mulheres estavam em maioria nesta classe profissional (55,3%), com 29.682 médicas.
No total de médicos inscritos em 2018, havia 33.270 especialistas (62%), detentores de 34.941 especialidades.
A medicina geral e familiar (4.507), a pediatria (1.525), a medicina interna (1.481), a anestesiologia (1.346), e a ginecologia-obstetrícia (1.143) eram as especialidades mais frequentes entre as médicas, enquanto a medicina geral e familiar (2.770), a medicina interna (1.275), a cirurgia geral (1.252) e a ortopedia (1.102) eram mais frequentes entre os médicos, de acordo com a mesma fonte.
Existiam ainda 649 médicos especialistas em pneumologia, 547 em saúde pública e 194 em doenças infecciosas.
O INE refere que em 2018 se encontravam ao serviço dos hospitais portugueses cerca de 27.000 médicos, 83% dos quais nos hospitais públicos ou em parceria público-privada (aproximadamente 22.000 médicos).
Já a Ordem dos Enfermeiros registava em 2018 um total de 73.650 profissionais, mais 16.900 do que em 2008, quando eram 56.709, elevando o rácio para 7,2 enfermeiros por mil habitantes, contra 5,8 em 2008.
Em relação a 2017, o aumento foi de 2,9%. "O número de enfermeiros registados em 2018 não só confirma a tendência de aumento destes profissionais, como o maior aumento no caso das mulheres (mais 31,3% em relação a 2008)", destaca o INE.
Os indicadores fundamentais de saúde apurados pelo INE apresentam uma melhoria nos últimos anos, embora alguns mantenham níveis inferiores à média da União Europeia (28 países).