GNR corrige números sobre violência doméstica. Afinal desceu 26%
Militares corrigiram as infomações avançadas esta quarta-feira.
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País Covid-19
A Guarda Nacional Republicana (GNR) corrigiu as informações que tinha divulgado de forma errada, esta segunda-feira, sobre o registo de denúncias de violência doméstica. Afinal o número de queixas não aumentou 50% em março, face ao mesmo mês do ano passado, mas sim diminuiu 26%.
Num comunicado enviado ao Notícias ao Minuto, os militares rectificaram os números dados mais cedo na conferência de imprensa. Foram assim registadas 938 denúncias em março, o que representa um decréscimo de 26%, face ao período homólogo de 2019, e ao contrário do que tinha sido dito "por lapso".
A GNR acrescenta ainda que foram detidos, durante o mês de março, 76 suspeitos relacionados com este tipo de crimes e e apreendidas 97 armas (dados provisórios).
"Conscientes que o período de maior isolamento social pode suscitar um desfasamento mais acentuado entre o número de denúncias e o número de crimes praticados, a GNR, através dos Núcleos de Investigação a Apoio a Vítimas Específica, tem intensificado os contactos com as vítimas identificadas, no sentido de promover, se necessário for, um ajustamento das medidas de proteção das vítimas", refere a corporação em comunicado, sublinhando que a violência doméstica é um crime público e que qualquer pessoa pode denunciar, nomeadamente através do Sistema de Queixa Eletrónica (https://queixaselectronicas.mai.gov.pt/).
Além da violência doméstica esta força de segurança refere que, no atual contexto de pandemia da covid-19, também tem estado "particularmente atenta" a outras fenómenos criminais" para proteger os mais vulneráveis, nomeadamente os idosos que vivem sozinhos ou isolados.
Segundo a GNR, têm sido reforçadas as ações junto dos idosos, sobretudo dos cerca de 41 mil que foram sinalizados por esta força de segurança como vivendo sozinhos ou isolados, com o intuito de procurar "contribuir para a prestação de um necessário apoio social e para a sensibilização face à tendência para o aumento do número de crimes de burla".
A GNR avança que se registaram 467 crimes de burla em março, o que corresponde a um aumento de 52%, face ao período homólogo de 2019, incidindo sobretudo sobre a população mais vulnerável, como é o caso dos idosos.
A GNR indica ainda que está em fase de implementação o 'Programa 65 Longe+Perto', que visa, através das Secções de Prevenção Criminal e Policiamento Comunitário (SPC), a promoção do contacto telefónico com todo os idosos sinalizados, procurando identificar situações que, por força da fase de maior isolamento social, justifiquem uma abordagem ao nível psicológico,
Para tal, serão disponibilizados psicólogos do Centro Clínico da GNR, numa segunda linha de apoio.
Portugal, onde os primeiros casos de covid-19 confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois de ter sido prolongado a 03 de abril.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,4 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 82 mil.
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