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Médicos apelam a doentes crónicos para não faltarem a consultas

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) apelou hoje aos doentes com doenças crónicas ou casos súbitos e complexos para que continuem a ir às consultas e aos tratamentos médicos nesta fase de pandemia da covid-19.

Médicos apelam a doentes crónicos para não faltarem a consultas
Notícias ao Minuto

12:23 - 09/04/20 por Lusa

País Covid-19

O apelo surge na sequência dos receios que a população enfrenta face à covid-19, refere a SRCOM, em comunicado enviado à agência Lusa.

O presidente, Carlos Cortes, citado na nota, ressalta que nas unidades, cuidados de saúde primários e nas unidades hospitalares, "existem circuitos bem organizados para atender os doentes sem sintomatologia covid-19".

"A vida de um doente com a covid-19 tem o mesmo valor que a vida de um doente sem a covid-19. Em caso de doença, não podemos recear. Temos de procurar respostas quando estivermos doentes", frisa o dirigente.

O especialista apela a quem está debilitado e com algum tipo de restrição para que recorra à linha SNS 24 (808 24 24 24), "de modo a que se encontrem as melhores respostas clínicas", sublinhando que ninguém deve evitar de recorrer às urgências em caso de situação grave.

O presidente da SRCOM apela ainda às grávidas para manterem a vigilância de rotina, que inclui a ida às consultas, a realização de ecografias, a realização de análises e outros exames.

"Há muitas situações em que não se deve evitar de ir ou adiar tratamentos", refere Carlos Cortes, apontando para as doenças do foro cardiovascular e oncológico e o perigo de poderem causar muitas mortes devido ao adiamento e cancelamento de consultas e outros atos médicos.

O dirigente alerta que se tem de evitar que o "pós covid-19 seja dramático".

"Há vidas para salvar por causa desta infeção pandémica, mas há outras a salvar com inúmeras patologias, como os doentes oncológicos ou os transplantados", sublinha.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 87 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito na quarta-feira pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 380 mortes, mais 35 do que na véspera (+10,1%), e 13.141 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 699 em relação a terça-feira (+5,6%).

Dos infetados, 1.211 estão internados, 245 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 196 doentes que já recuperaram.

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