Serviços só saem do Curry Cabral "se vier a ser necessário"

O secretário de Estado da Saúde garantiu hoje que a saída de serviços do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, por causa da pandemia da covid-19, só acontecerá "de acordo com a evolução do surto e se vier a ser necessário".

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Lusa
09/04/2020 15:19 ‧ 09/04/2020 por Lusa

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Covid-19

 

"Se, obviamente, não vier a ser necessário, manteremos, como é óbvio, os serviços nos respetivos locais onde estão atualmente", afirmou António Lacerda Sales na conferência de imprensa diária para acompanhamento da pandemia.

O Hospital Curry Cabral admitiu hoje cancelar a transferência dos serviços de transplante hepático, devido ao abrandamento da evolução da covid-19, e disse não ter recebido o pedido de demissão do diretor daquele serviço, Américo Martins, que se terá demitido na quarta-feira por ter visto impedida a proposta de reorganização do serviço na unidade.

A reorganização pretendida por Américo Martins passava pela criação de dois circuitos independentes para manter os serviços destinados aos doentes oncológicos e transplantados no Curry Cabral, em vez de serem transferidos para o Hospital de Santa Marta, em Lisboa.

Lacerda Sales não se pronunciou sobre a demissão do diretor do serviço de Cirurgia Geral e Transplantação, mas adiantou que o plano de reação do Curry Cabral à pandemia "é feito no tempo e de acordo com evolução do próprio surto".

"Obviamente que tem vários níveis. Penso que estaremos pelo nível dois desse plano e por isso, nesta fase ainda não se põe nenhuma questão de que outros serviços sejam transferidos para quaisquer outros hospitais", declarou.

O secretário de Estado da Saúde indicou que "ainda esta noite foi feito um transplante no hospital" e que há "zonas perfeitamente bem diferenciadas" para doentes com covid-19 e outros doentes.

"Outros serviços mantêm a sua atividade, como é, por exemplo, o caso de serviços de cirurgia", acrescentou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,5 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 89 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 409 mortes, mais 29 do que na véspera (+7,6%), e 13.956 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 815 em relação a quarta-feira (+6,2%).

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